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Audi x Mercedes

Briga de sedãs esportivos alemães é de dar água na boca

Publicado

Autor/Imagem:
Tião Oliveira

Quando o assunto é carro esportivo, os hatches costumam ser os preferidos. Engana-se, porém, quem pensa que sedãs não combinam com pimenta, como deixam claro o Audi RS3, que na nova geração traz a inédita carroceria de três volumes, e o já, digamos, veterano CLA 45 AMG.

Neste comparativo, o Audi com motor 2.5 de 400 cv desafia o Mercedes com seu 2.0 de 381 cv e leva a melhor por ser mais moderno e barato tanto na hora de comprar quanto de manter.

A nova geração do RS3 acaba de chegar ao Brasil com visual atualizado e mais equipamentos, como o painel virtual configurável. Mas o maior destaque do sedã da Audi, que é oferecido a R$ 329.990 (mesmo preço do hatch), é o motor 2.5 de cinco cilindros com turbo, que perdeu 26 quilos e ficou 33 cv mais potente que o anterior – agora são ótimos 400 cv.

O atual CLA 45 AMG chegou ao Brasil no fim de 2016 e tem tabela de R$ 351.900. Sob o capô do sedã que leva a assinatura da divisão esportiva da Mercedes está um 2.0 de quatro cilindros, também turbinado, de 381 cv.

Embora tenham motores de configurações diferentes, os números de aceleração e velocidade máxima dos dois sedãs compactos são bastante parecidos. O mesmo vale para a faixa de rotação em que torque e potência máxima são entregues (veja no quadro à direita e abaixo).

Na prática, o RS3 responde de forma mais bruta aos comandos do motorista. Quando se pisa forte no acelerador, o Audi reage explosivamente. A sensação é que o carro está pronto para disparar a qualquer momento – e que “gosta” disso.

O CLA 45 AMG, por sua vez, tem comportamento mais suave, graças às entregas feitas por seu 2.0 de funcionamento bastante “elástico”. Não é que falte esportividade ao Mercedes, mas fica claro que esse sedã tem um quê de docilidade, característica inexistente no Audi.

A entrega de torque do RS3 não ocorre de forma tão homogênea quanto no CLA 45 AMG. Isso fica claro quando o enorme turbocompressor de 1,35 bar entra em ação e não para até que ocorra o “corte” do motor, acima das 7 mil rpm.

No acabamento, o Mercedes é muito superior ao Audi. Já as respostas dos câmbios – automatizados de sete marchas em ambos –, as diferenças não são dignas de nota. A tração nas quatro rodas, também presente nos dois esportivos, é uma seara dominada pela Audi. Fica evidente que o sistema atua de modo mais eficiente no RS3 Sedan.

Em curvas rápidas, o motorista mais atento conseguirá perceber claramente a atuação do dispositivo do Audi. Dá para “sentir” o torque sendo transferido do eixo dianteiro para o traseira, por exemplo.

Nessa dupla alemã é possível escolher o estilo de condução. Do modo normal ao mais esportivo e personalizável, Audi e Mercedes dão um show.

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