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Uma comédia

Bruce Willis, acostumado a apanhar, também chora

Publicado

Autor/Imagem:
Mariane Morisawa

Todo o mundo sabe que Bruce Willis aguenta levar pancada. Mas ele também aguenta ser o alvo de piadas, como o espectador brasileiro vai poder ver nesta segunda-feira, 30, às 23h, no Comedy Central Roast com Bruce Willis, no canal Comedy Central. “Ele tem um ótimo senso de humor”, contou Scout, uma de suas cinco filhas.

“Todo mundo acha que é tão sério, esse cara dos filmes de ação, mas na verdade ele é bem pateta e estranho. Estou feliz que todo o mundo vai ver isso.” Durante a gravação, no Hollywood Palladium, exatamente no dia em que o lançamento de Duro de Matar completava 30 anos, Bruce Willis chegou a chorar – de rir. De vez em quando, tirava um lenço do bolso do smoking para enxugar as lágrimas.

Para submeter Bruce Willis ao Roast, foram escolhidos os comediantes Nikki Glaser, Lil Rel Howery, Dom Irrera e Jeff Ross, os atores Edward Norton e Kevin Pollak, a apresentadora Martha Stewart, o ex-jogador de basquete Dennis Rodman e as atrizes Cybill Shepherd, que trabalhou com Willis na série A Gata e o Rato, nos anos 1980, e Demi Moore, sua mulher entre 1987 e 2000 e mãe de suas filhas Rumer, Scout e Tallulah – desde 2009, o astro é casado com Emma Heming, mãe de suas duas meninas mais novas, Mabel e Evelyn.

Fazendo jus à sua fama de “bad boy”, Bruce Willis chegou montado em uma motocicleta. Mas as piadas logo começaram, com o apresentador Joseph Gordon-Levitt comentando a qualidade de seus filmes e de sua atuação. O mesmo assunto foi o centro do bom “roast” de Edward Norton, que trabalhou com Willis em Moonrise Kingdom, de Wes Anderson, e demonstrou seu descontentamento com o fato de o homenageado conseguir manter sua reputação intacta mesmo depois de fracassos como Hudson Hawk – O Falcão Está à Solta. Norton, conhecido por papéis sérios, deixou vir à tona seu lado engraçado. A comediante Nikki Glaser fritou o ator com uma série de piadas de sexo e anatomia feminina, enquanto Lil Rel Howery deu sugestões para um próximo Duro de Matar. Kevin Pollak fez imitações, Cybill Shepherd lembrou os velhos tempos, nem sempre com carinho, e Martha Stewart misturou acidez e elegância. Dom Irrera, amigo de Willis há anos, fez piadas politicamente incorretas, pronunciando palavras que não são bem-vistas. No tapete vermelho, ele brincou que o talento secreto de Willis é dançar flamenco. “Parece um anjo nas nuvens”, disse Irrera, que depois deixou clara sua admiração pelo ator. “Eu o amo, amo sua família.”

Os “roasters” mais ousados foram o comediante Jeff Ross e a atriz Demi Moore, que contou histórias íntimas. Ross, que chegou vestido de Kim Jong Un e posou com Dennis Rodman, defensor do ditador norte-coreano, tinha dito no tapete vermelho que Bruce Willis não tinha banido nenhum tema.

“Ele é de Nova Jersey, tem casca grossa, aguenta uma piada. Ele disse que podia aguentar tudo, que podia falar de todas as suas inseguranças. Que nada estava fora dos limites.” Ross brincou que se preparou espalhando fotos do astro em sua casa e assistindo a todos os seus filmes. “Até ouvi aquela música horrível que ele faz”, afirmou. Disse que Willis podia até chorar, mas seria de felicidade. Quem chorou, ninguém sabe por que, foi Dennis Rodman, que caiu em lágrimas e, mesmo quando não estava se debulhando, não conseguiu dizer suas falas. Que ele tenha mais sorte lidando com Kim Jong Un.

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