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Cadê as chaves, Rollemberg?!, grita o povo irado com série de promessas vãs

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Bartô Granja, Edição

Moradores do Distrito Federal inscritos no programa habitacional Morar Bem reclamam de atrasos na entrega de apartamentos anunciados pelo governador Rodrigo Rollemberg no Paranoá. A assinatura dos contratos deveria ter sido feita em abril, mas foi adiada. Enquanto isso, os futuros moradores denunciam a depredação dos apartamentos, que tiveram vidros e estruturas quebrados.

O empreendimento é voltado a famílias de baixa renda. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), a data de entrega das chaves – prevista para ocorrer nos dias 15, 18 e 19 de abril – teve de ser adiada por um atraso na concessão do habite-se, que foi liberado em 17 de maio.

O órgão também diz que precisou fazer “ajustes” para adaptar os imóveis às exigências de acessibilidade. A nova previsão é de que os beneficiários assinem contrato na primeira quinzena de junho.

O povo está cansado de promessas não cumpridas e começa a mostrar ao governador Rodrigo Rollemberg toda a sua insatisfação. Não bastassem os problemas com saúde, educação, segurança e transportes, o alvo agora é a entrega de casas.

Um exemplo claro dessa irritação foi mostrado em reportagem do G1, levado ao ar pelo DF-TV, da Tv Globo, indicando que 1 mil 376 inscritos no programa Morar Bem – vinculado ao Minha Casa, Minha Vida – sorteados em março ainda não podem ocupar os imóveis. Eles fazem parte da sétima leva de moradores que iriam ocupar uma parte do Residencial Paranoá Parque, supostamente finalizada há dois meses.

O espaço é voltado para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. Com quatro condomínios, o empreendimento conta com 58 prédios com apartamentos de 46 m² divididos em dois quartos, sala, banheiro e área de serviço. As unidades estão avaliadas em cerca de R$ 65 mil.

A manicure Luciana Machado é uma das pessoas que aguardam a entrega das chaves. “A gente está esperando para assinar os contratos. Já sabemos até a quadra, o endereço. Mas disseram que não não podíamos assinar porque não tinham terminado as vistorias”, diz a mulher, responsável por quatro crianças.

“Moro de aluguel, pagando R$ 400 por mês. Esse apartamento me ajudaria e muito. Hoje fico frustrada porque fico parecendo uma mentirosa. As pessoas duvidam quando digo que fui contemplada.”

O corretor de imóveis Fábio Fernandes paga R$ 700 de aluguel em São Sebastião e se inscreveu em 2011 no Morar Bem, na expectativa de ter uma casa própria. Segundo ele, faltam informações sobre a situação dos apartamentos.

“Eles não falam que não vão entregar. Só dizem que a data da assinatura foi adiada, mas sem dar nenhum tipo de prazo. Já liguei três vezes e nenhum atendente dá resposta. Quando fui lá pessoalmente, disseram que é só pelo telefone”, afirmou.

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