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Conforto canino

Cadela paraplégica ajuda a cuidar de outros pacientes

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Os animais não cansam de dar lições sobre amor e empatia aos humanos. A cadela Vitória é certamente mais um desses comoventes casos. Residente e mascote na clínica CitVet em Osasco, na Grande São Paulo, ela, que não tem o movimento das patas traseiras, costuma ajudar outros cachorros internados e conforta os que estão em seus momentos finais.

“Quando a Vitória para na frente de algum animal e fica olhando fixo, já sabemos que tem algo acontecendo”, conta Simone Regina Pereira de Godoy, sócia da clínica. “Já tivemos diversos casos em que ela deita junto do cão e fica com ele até o fim, como se estivesse confortando o animal na hora de sua morte”, conta ela, que acredita na sensibilidade aguçada dos animais. “Ela sente. É como se fosse acompanhar o animal na sua partida”, diz.

Em casos de internação não tão graves, a cadelinha também tem um papel importante: o de estimular a recuperação do doente. “Quando percebe que o bicho está melhorando, a Vitória começa a chamar para brincar, leva brinquedo”, conta.

Os donos dos animais internados aprovam a interação – e agradecem com presentes. “Eles entendem o papel dela aqui e costumam trazer comida e brinquedos”, conta Simone.

O papel de cura que Vitória desempenha é físico e também emocional. Negão, de oito anos, é um exemplo de como a amizade pode ajudar a curar as feridas do abandono. “Ele chegou aqui paraplégico e muito bravo”, lembra Simone. Assim como Vitória, o cão foi abandonado e atropelado – e perdeu o movimento das patas traseiras.

Vitória, então, passou a chamar o amigo para brincar e a dormir com ele sempre que havia uma chance. Negão nunca deixou de ser um senhor rabugento, mas a convivência com a cadelinha ajudou a amenizar seu mau humor. Hoje, os dois continuam a dividir o colchão em cochilos durante o dia.

Outro “morador” que recebe a atenção de Vitória é Cidão, um cão idoso com poucos movimentos nas patas que chora bastante por ser muito carente. A cadelinha costumar dormir com ele para acalmá-lo.

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