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Caesb descarta reajuste de 19% nos salários e servidores decidem manter a greve

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O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, disse ao G1 que a empresa não tem condições de dar reajuste salarial de 19% aos funcionários, em greve desda segunda-feira, 16. Luduvice se disse “surpreso” com o índice pedido pelos funcionários. A empresa propõe reajuste de 2,5%.

O Sindicato da categoria sustenta que o pedido de 19% toma como referência perdas causadas pela inflação do ano passado – que, segundo a entidade, foi de 12% –, e o aumento da receita da empresa, que passou de R$ 1,44 bilhão em 2014 para R$ 1,67 bilhão em 2015.

“É impossível dar um reajuste de 19%, não há condições financeiras de apresentar esse tipo de proposta”, declarou Luduvice. Segundo ele, o reajuste comprometeria mais de 50% da arrecadação da empresa com salários. O gasto atual é de R$ 600 milhões por ano. A empresa tem 2,5 mil servidores. O salário inicial é de R$ 2,5 mil.

Luduvice disse ainda ser contra a redução da jornada de trabalho pleiteada pelo sindicato, de oito horas diárias para seis horas. Para ele, a medida refletiria na qualidade da prestação do serviço e na quantidade de horas extras. “O sindicato está fora da realidade. A crise chegou para todo mundo, inclusive para uma empresa como a nossa. A ordem do momento é apertar o cinto.”

Já o diretor do Sindágua, Alexandre Marinho Pimenta, disse que a empresa teria mais lucro caso os funcionários tivessem a redução da jornada. “A produtividade não seria afetada. Essa redução traria melhor qualidade de vida, os trabalhadores apresentariam menos atestados, se machucariam menos e todos os turnos continuariam cobertos”, explica.

Ele disse ainda que o sindicato já realizou uma “experiência” sobre o assunto, que teria comprovado que a alteração para um regime de seis horas diárias não afeta a produção. “Quando recebemos um serviço, nós o terminamos independentemente do tempo que irá demorar. Isso não vai mudar”, conta.

Os servidores da Caesb mantêm 30% dos serviços em funcionamento, como determina a lei. Durante a paralisação, apenas serviços básicos estão mantidos: tratamento e distribuição de água; tratamento de esgoto e envio de caminhão pipa a locais que necessitam de abastecimento.

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