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Saco sem fundo

Câmara a um passo de instalar a CPI do Iges

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Autor/Imagem:
Marco Túlio Alencar

A decisão sobre a instalação da CPI do Iges-DF deverá ser tomada pelo Colégio de Líderes da Câmara Legislativa em reunião marcada para a quinta-feira (29). A medida foi anunciada pelo presidente da Casa, deputado Rafael Prudente (MDB), após ouvir reivindicações de distritais solicitando que os blocos partidários fossem. O requerimento com oito assinaturas, número suficiente para pedir a abertura de comissão parlamentar de inquérito, foi lido no início da sessão remota nesta quarta-feira (28).

O deputado Leandro Grass (Rede), ratificando que “a CPI é urgente e necessária”, disse que a consulta aos líderes pode evitar “o desgaste que tivemos no ano passado”, referindo-se à CPI da Pandemia, que não foi instalada. Por sua vez, Rafael Prudente observou que há nove solicitações para investigar temas diversos, todas com pelo menos oito assinaturas. “Por isso, os líderes deverão se manifestar sobre a inversão da ordem”, acrescentou. Sobre essa questão, o deputado Fábio Felix (Psol) argumentou que, segundo o Regimento Interno, as CPIs precisam ser obrigatoriamente abertas.

Parlamentares de vários partidos manifestaram-se a favor da CPI dos Iges-DF, como a deputada Júlia Lucy (Novo), que destacou o valor da dívida do instituto com empresas fornecedoras de insumos, num total de aproximadamente R$ 250 milhões. Para Chico Vigilante (PT), “o GDF não pode continuar colocando dinheiro na entidade gestora. É como um saco sem fundo”. O distrital propôs ainda que o plenário da Casa decida sobre a questão. Em apoio ao colega de partido, Arlete Sampaio defendeu que o Colégio de Líderes delibere sobre o assunto. Enquanto o Professor Reginaldo Veras (PDT) insistiu que “a Câmara Legislativa deve exercer, de fato, seu papel fiscalizador”.

Vacina, auxílio e escolas
Diversos outros pontos na temática da saúde foram discutidos pelo plenário da CLDF nesta data. Sobre a vacinação contra a Covid-19, o deputado João Cardoso (Avante) voltou a lembrar que os rodoviários e metroviários precisam ser considerados entre os grupos prioritários. Por sua vez, Arlete Sampaio salientou que a atenção aos idosos deve continuar e, após estes, a imunização dos professores é necessária, uma reivindicação também apoiada por Reginaldo Veras.

Ao tempo em que Fábio Felix cobrou do GDF a fixação de um auxílio emergencial para os mais pobres durante a pandemia, a deputada Júlia Lucy voltou a advogar pela reabertura das escolas públicas. “Não é liberar geral, mas com planejamento”, propugnou. Já Agaciel Maia (PL) atribuiu às políticas econômicas na linha do neoliberalismo “o quadro assustador de dependência farmacêutica, cuja indústria foi desmontada no país”.

Chamando a atenção para a Lei nº 6.598/2020, de sua autoria, Jorge Vianna (Podemos) denunciou que a legislação que garante benefícios aos profissionais de saúde que prestam serviços de cuidados domiciliares (home care) vem sendo descumprida. “As cooperativas de trabalhadores tentam, mas as empresas não repassam os valores para cobrir o que está previsto na matéria”, reclamou.

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