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Piada nova

Candidatura de Flávio é mais um deboche político do clã Bolsonaro

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Autor/Imagem:
Wenceslau Araújo - Foto de Arquivo

Pedindo vênias a todos os personagens circenses, principalmente ao ator e humorista Waldemar Seyssel, criador do palhaço Arrelia, deve ter remexido no túmulo ao ser informado que o senador Flávio Bolsonaro é o escolhido do clã para disputar com Luiz Inácio a Presidência da República. Na verdade, a candidatura me fez recuar no tempo, mais precisamente ao dia em que Arrelia adentrou o picadeiro para seu derradeiro espetáculo. O circo da alegria havia dado lugar ao circo político dos horrores.

Por isso, além das famílias física e circense, pouco mais de meia dúzia de gatos pingados assistiram a apoteose de Arrelia, isto é, a inclusão do artista na seleta lista de divindades. O tempo passou. Chegamos a 2025, véspera das eleições de 2026, e, de repente, eis que surge um postulante à vaga deixada pelo rei das palhaçadas. Que me perdoem o palhaço Tiririca e os polichinelos sobreviventes, mas imaginar Flávio Bolsonaro é a maior piada do período pré-eleitoral, algo com um deboche com os eleitores.

Talvez Arrelia, o melhor de todos os palhaços, tenha ficado brabo pela pachorra de 01 se lançar como bufão justamente após o retumbante fracasso do pai saltimbanco, o arlequim que fez o então papa Francisco chorar ao vê-lo sorrindo diante de 700 mil vítimas fatais de uma “gripezinha” sem qualquer importância. Aliada ao fracassado golpe de Estado, provavelmente essa foi a grande e definitiva palhaçada do histrião denominado Jair Bolsonaro, o mesmo que um dia se autodenominou mito e saiu em turnê mortal pelo país.

Jair hoje não passa de uma alma penada. Voltando ao 01, se alguém acha que ele aguenta dez minutos de debate com Lula da Silva ou mesmo com Marina Silva que fale agora ou cale-se para sempre. Como muitos dos atuais deputados e senadores, Flávio Bolsonaro é o tipo do parlamentar que os gaiatos rotulam de produzido nas coxas, ou seja, alguma coisa malfeita, sem capricho ou de forma precária e descuidada. Para os pais de santo, pastores evangélicos menos radicais e gastroenterologistas, ginecologistas e obstetras, saiu como um pum mal dado.

Recuando um pouco mais no tempo político, na campanha de 2016 para Prefeitura do Rio de Janeiro, 01 se borrou diante da candidata Jandira Feghali. Após o anúncio da candidatura de mais um Bolsonaro à Presidência, as redes sociais resgataram o “desmaio” público do senador, cujo melindroso mimimi foi creditado a uma repentina intoxicação alimentar. Como tal pai, tal filho, Flávio Bolsonaro passou mal ao primeiro sinal de derrota. Diriam os mais afetados que esse tipo de situação é muito próprio daqueles que honram o sapato que calçam. Se o senador Flávio não aguentou a voz grossa de Jandira Feghali, imagino que a rouquidão de Lula será mortal para suas pretensões presidenciais.

Como gato mordido por cobra tem medo até de linguiça, sugiro ao clã que comece a estocar Rivotril, Diazepam, Zolpidem e Alprazolam. Para não correr risco, é bom que incluam na lista pré-desmaio Miosan, Mioflex e até Repoflor, Imosec e Floratil, os três últimos muito usados para recompor a flora intestinal. Falando sério, se a opção da direita é mesmo Flávio Bolsonaro, Lula da Silva já pode encomendar o buffet para a posse em 1º. de janeiro de 2027. Como adoro uma palhaçada, estou rindo à toa desde que, da prisão, Jair ungiu o filho 01. Preferi rir primeiro, pois tenho medo de que meu riso frouxo agrave minha prisão de ventre antes da chegada do carnaval e de um novo espasmo do senador. Isso se sua candidatura se mantiver até lá.

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Wenceslau Araújo é Editor-Chefe de Notibras

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