Curta nossa página


Casal gay é agredido por grupo no Centro após bloco de carnaval

Publicado

Autor/Imagem:


No último final de semana, o momento de diversão das namoradas Vanessa de Holanda, de 24 anos, e Leidiane Carvalho, de 31 anos, se transformou em um pesadelo. Ao sair do bloco Boi Tolo, que saiu no sábado, 14 de fevereiro, no Centro do Rio de Janeiro, Vanessa foi agredida violentamente por dois homens. A jovem foi espancada, levou chutes nas costas e pernas e teve as roupas rasgadas, deixando parte dos seios à mostra. Ao tentar ajudar a companheira, Leidiane também foi agredida.

Apesar do crime ter acontecido no fim de semana, só agora elas resolveram falar. Na madrugada de domingo, Vanessa já havia desabafado em seu perfil no Facebook e afirmado que não faria registro na polícia.

“Não vou porque eles também não se importam. Não vou fazer exame de corpo de delito, nem na delegacia, nem no médico. Eles estão do outro lado, amigos. Ontem à noite eu me senti minoria. E que ninguém além dos meus pode ser comigo. Nós estamos sós. Não dói”, havia escrito a jovem. A mensagem teve mais de 800 compartilhamentos e o caso ganhou repercussão entre os internautas.

No início desta semana, no entanto, o casal procurou o Centro de Cidadania LGBT, do programa Rio Sem Homofobia, onde recebeu atendimento jurídico e psicológico. O advogado que as atendeu orientou que fizessem a denúncia. Um registro de ocorrência foi feito no próprio Centro e será encaminhado para a Polícia Civil.

Ainda em casa por conta dos machucados, Vanessa conta que agora, mais que a dor, ficou a mágoa. Além de não haver policiamento na Rua Luis de Camões, atrás do Teatro João Cateano, onde aconteceu a agressão, ela conta que as pessoas em volta assistiram ao ataque sem manifestar ajuda.

“Tinham muitas, muitas pessoas perto. O lugar era iluminado, tinha música, etc. O segurança do teatro estava por perto. A Leide perguntou pra ele como ele não fez nada e ele respondeu apenas “não tenho nada com isso. Trabalho para o teatro”. Não sei o que foi pior, as pancadas ou o descaso nítido. As pessoas não se importam”, disse.

Apenas um homem tentou ajudar Vanessa, impedindo que os agressores continuassem a espancá-la. Um deles correu e o outro ainda parou para roubar o celular da jovem. Uma senhora, ao ver a cena, também teria gritado por socorro, mas não teve sucesso.

“Você e sua namorada chegam totalmente agredidas e humilhadas em casa e acham mesmo que não existe violência ou machismo. Estava com muita raiva, nem doía nada na hora”, contou.

 

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.