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Mistério no Lago Paranoá (V*)

Casal vê mochila e acha corpo vestido com neoprene

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Reprodução/Freepik

O desaparecimento de Álvaro foi logo percebido pela família. O jet ski foi localizado quase no meio do lago Paranoá. No entanto, nada do homem, que, todos sabiam, era um excelente nadador. Mas são justamente esses destemidos que costumam morrer afogados naquelas águas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado. As buscas prosseguiram durante o resto da manhã e percorreram toda a tarde. Nenhum sinal do desaparecido. Até o comandante da corporação estranhou o fato, pois no lago não havia correnteza que fosse capaz de levar o possível corpo sem vida para muito longe. Mesmo assim, aumentaram o perímetro das buscas. Nada.

A Polícia Civil entrou no caso, pois talvez se tratasse de crime. Um provável sequestro. O desaparecido, que ganhara muito dinheiro ao longo da vida, possivelmente teria colecionado alguns desafetos. Afinal, como bem disse um
investigador da delegacia do Lago Norte, ninguém ficava tão rico sem pisar em calos alheios.

Durante as investigações, foi apontado um suspeito que havia trabalhado na casa do desparecido. Era o antigo jardineiro, que teria sido demitido por justa causa, segundo se noticiava. Francinaldo Pereira da Silva, esse era o nome do quase declarado autor do crime.

O suspeito foi levado à delegacia, onde teria sido espremido de formas nada ortodoxas. Mesmo assim, não se dobrou. Manteve a mesma história até que, por fim, o delegado se convenceu da sua inocência, haja vista a profusão de provas que indicava que, no dia do sumiço de Álvaro, Francinaldo estava trabalhando na residência do novo patrão no Park Way.

De tão pressionada estava a Polícia Civil, as investigações apontavam para várias direções. Mas isso tudo foi deixado de lado. É que, naquela sexta-feira, durante um passeio ao longo do Paranoá, um jovem casal avistou o que parecia ser uma mochila entre a vegetação na margem.

O rapaz entrou no lago e, com uma das mãos, tentou puxar aquele objeto. Acabou caindo sentado dentro d´água, momento em que teve uma visão do que era aquilo. Quase enfartou! Era o corpo de um homem com uma roupa preta de neoprene.

*Sábado, 8, o Capítulo VI

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