Celina segura fusão de satélites e desfaz a imagem de ‘puxadinho’
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Desde que foi eleita presidente da Câmara Legislativa no início do ano, com apoio velado do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) Celina Leão (PDT) tem demonstrado que a união de forças políticas não significa um alinhamento direto, transformando o Legislativo numa espécie de anexo do Palácio do Buriti. E essa postura ficou evidenciada mais uma vez nesta terça-feira 10, quando a deputada evitou colocar em pauta projeto que extingue administrações regionais, como quer o Executivo.
Embora ocupando a cadeira mais alta da Câmara Legislativa, o que teoricamente lhe exime de responsabilidade no resultado das votações, Celina mostrou que não será isenta nessa questão. Tanto, que fez coro com os colegas contrários à iniciativa de Rollemberg, a ponto de convocar uma Comissão Geral programada para a quinta-feira 12, quando o tema será debatido com toda a sociedade.
– Precisamos ouvir a opinião da comunidade sobre as extinções (das Administrações Regionais), disse a presidente. Segundo ela, um projeto dessa natureza, que mexe com a vida das pessoas, merece ser debatido exaustivamente com a sociedade”.
Na sessão desta terça-feira, o deputado Dr. Michel (PP) pediu a retirada do projeto de lei, argumentando que o fim das administrações vai deixar a população de algumas cidades completamente órfãs. Na opinião do deputado Rodrigo Delmasso (PTN), o governo não pode acabar com a história das cidades, fundido as administrações.
Também contra a proposta, o deputado Wasny de Roure (PT) destacou que a medida só trará desgaste ao GDF, pois interfere na autoestima dos moradores de cada cidade. “Além disso, o projeto também não reduz nenhum cargo e não gera nenhuma economia para o governo”, completou.
Para o deputado Chico Leite (PT), a redução de cargos comissionados em toda estrutura do governo e a redistribuição dos concursados traria melhores resultados. Já Chico Vigilante (PT) defendeu um amplo debate sobre a estrutura administrativa do DF.
Karla Maranhão, com informações de Luís Cláudio Alves