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Centenas de pessoas se reúnem em ato contra o aborto na Zona Sul

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Cerca de 500 pessoas realizaram uma passeata na Praia de Copacabana na manhã deste domingo em prol do Projeto de Lei 478/2007, o Estatuto do Nascituro. Organizada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida e com o apoio da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e do Conselho Espírita Estadual, a 3º Marcha Pela Vida defende a aprovação do projeto que torna crime toda prática de aborto no Brasil, inclusive em casos de abuso sexual, garantindo o direito à vida da concepção à morte natural.

O grupo se concentrou em frente à rua Miguel Lemos e seguiu pela orla com carro de som, músicas, performances e pedidos de assinaturas para o abaixo-assinado a ser levado para o congresso. Dentre os cartazes que os participantes levavam, um dizia: “Maldito seja quem interrompe uma vida [sic] de uma criança que não nasceu”.

Apesar da maioria católica, o ato reuniu representantes de diversos grupos religiosos, como espíritas, evangélicos e budistas. A cantora Elba Ramalho, católica fervorosa e considerada a madrinha do movimento, também se fez presente e fez um breve discurso.

— Estamos reunindo todas as pessoas pró vida que quiserem participar independente de partido, ideologia política ou religião. O principal objetivo nosso é manter a legislação como está, pois acreditamos que o aborto é um crime contra a vida, e trabalhar pela aprovação do Estatudo do Nascituro, que é mais uma forma de dar um apoio àquela gestante que se viu desamparada para que ela diga sim à vida. A ciência já informa que aquela vida gerada é independente de sua mãe, pois tem DNA próprio, mas que depende dela. A lei é para proteger não só a criança, mas também a mãe — disse João Menezes, secretário de comunicação do movimento.

Ao chegar ao posto seis, o grupo foi se dispersando aos poucos, mas algumas pessoas permaneceram recolhendo assinaturas dos passantes que curtiam o domingo ensolarado na praia. De acordo com Maria José, uma das coordenadoras do grupo e membro da Comissão Arquidiocesana de Promoção e Defesa da Vida, devem acontecer outras ações similares durante o ano e também em todo o país.

— A gente também tem como meta desburocratizar a morosidade para a adoção como uma opção para a mulher que deseja tomar essa opção. O Estado quer, infelizmente, institucionalizar o aborto legal no país, e nós não vamos aceitar isso. Nós somos um país que ama a vida — afirmou.

Além de religiosos, leigos e comunidades religiosas, alguns jovens também estiveram presentes, como a estudante Gabriela Alves do Rego, de 19 anos. Para ela, o ato de estar ali é, além de um posicionamento moral, um gesto de gratidão.

— Eu vim aqui hoje porque eu sei a importância da vida. Se minha mãe não tivesse me aceitado, eu não estaria aqui. O bebê não tem culpa do erro dos pais — disse.

 

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