Parlamentares indignos
Chatos sem medo do ridículo viram patriotas
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Um Bolsonaro agrada a meia dúzia, mas incomoda muita gente. Dois Bolsonaros incomodam muito mais. E cinco Bolsonaros? Eles incomodam, incomodam, incomodam, incomodam e se tornam um problema ainda maior com a adição de mais um elemento: a dona elefanta ou aliá. Como cidadão brasileiro, cumpridor de seus deveres e eleitor daqueles que são capazes de uma série de incorreções, mas nunca envergonham seu povo, não sei para onde seguirão Jair, Eduardo, Flávio, Carluxo, Renan e a madame Bolsonaro. Mas quando souber, juro que vou para o outro lado.
E, se puder, não volto. Meu Deus, que povo chato, sem nexo, sem compostura, sem ética, sem noção, descontrolada e sem coisa alguma. Sempre soube que, em qualquer lugar do mundo, as pessoas ficam chatas com o tempo. Outras já nasceram assim. É o caso da família sem meio termo. Infelizmente, eles estão fazendo história, pois geraram tantos chatos que, às vezes, parece que dão em árvores. Assim com um, são todos. Nunca sei se nos chateiam porque nos amam ou porque nos odeiam.
Aliás, pessoas chatas são elas mesmas. Não usam máscara e nem fazem teatrinho, não são falsas e nem fazem questão de agradar. Adoram ser chatas e amam os chatos. O pior é quando resolvem aliar tirania, maldade e chatice. Aí vira caso de psiquiatria, de facção unida, de polícia ou de recolhimento a unidades prisionais. Que me perdoem os que não se acham chatos por idolatrarem chatos com a família Bolsonaro, mas o clã é tão chato que no dia em que todos morrerem quem vai descansar são os outros.
Diga-se de passagem, os outros somos nós que nos achamos menos chatos por uma razão bastante simplória: conseguimos descobrir chatos mais chatos do que nós. Monossilábicos, monotemáticos e incapazes de propor alguma coisa que não seja chatice ou em benefício próprio ou ainda contra o Brasil, Jair, Michelle, Flávio, Carlos e Renan Bolsonaro são reincidentes na amolação coletiva. Entretanto, são fichinhas quando colocados ao lado do malão Eduardo Bolsonaro, o deputado que nem a putada engole mais.
Sabe nada, inocente. Sua batata está assando e você não está percebendo. Cidadão intolerável, desprezível como brasileiro, indigno como parlamentar, torpe como patriota e uma excrescência como ser humano, vossa bosta nenhuma deveria sentir vergonha de ter virado as costas para o país que, infelizmente, lhe viu nascer. Ou será que veio ao mundo de outra forma? Não me interessa. Saiba que, além de chato de primeira linha e fujão perigoso, sua (ex) celência faria um bem enorme à pátria se levasse consigo sua odiada família.
Comece por seu irmão, o também antipatriota Flávio Bolsonaro. Não conheço um projeto de sua autoria, mas imagino o que ele deve significar para os eleitores do Rio de Janeiro, seu Estado natal. Igualmente baba ovo de Donald Trump, esta semana a desditosa excelência sugeriu que, a exemplo do que vêm fazendo na Venezuela, os Estados Unidos bombardeassem o Rio para conter o avanço dos traficantes. Mais do que chatice, um pedido dessa natureza se aproxima da insanidade. Talvez da ausência total de valores morais. O mais incômodo entre os chatos é que eles não têm medo do ridículo. São ridículos travestidos de patriotas pagos pelo Estado ou pela nação que odeiam. Xô!
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Sonja Tavares é Editora de Política de Notibras