Tá chegando a hora
Chega de frescura, de mimimi. Vai ficar chorando até quando?
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Há uma expectativa no ar. É uma daquelas sensações difíceis de explicar, mas fáceis de perceber. É como quando o clima muda antes da chuva ou quando o estádio inteiro prende a respiração antes do gol. O Brasil parece suspenso num instante de espera. A qualquer momento, pode acontecer: a prisão de Bolsonaro.
Não é apenas sobre uma pessoa, é sobre o que ela representa. Durante anos, vimos o autoritarismo tentando se fantasiar de patriotismo, o desrespeito à democracia disfarçado de coragem. Agora, finalmente, há um prenúncio de justiça. E, quando ela vier, será histórico.
Pela primeira vez, quem tentou dar um golpe contra as instituições democráticas do país será punido. Não por vingança, mas por necessidade. Para que a sociedade entenda que o jogo democrático não é brincadeira, que a liberdade não se destrói impunemente, que o poder não é um brinquedo nas mãos de quem despreza o povo.
Imagino o dia em que a notícia chegar. As redes sociais fervendo, as ruas em alvoroço, o país inteiro parando por alguns segundos para perceber o tamanho do que está acontecendo. Vai ser um dia simbólico, um divisor de águas. Um dia em que a história vai olhar para trás e dizer: ali o Brasil amadureceu um pouco mais.
Vai ser lindo. Não pela queda de alguém, mas pela vitória da democracia.