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Cheios de petrodólares, os árabes resistem a reduzir produção para baixar preço

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O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, afirmou que os países não reduzirão a produção com o objetivo de reduzir o excesso de oferta global da commodity, que tem levado a quedas nos preços nos últimos 18 meses.

Naimi disse, porém, que a Arábia Saudita continua a trabalhar com outros produtores por um acordo para congelar a produção, enquanto prevê um aumento na demanda. “O mercado vai se reequilibrar e a demanda vai aumentar”, afirmou ele, defendendo ainda que a demanda “continua robusta”.

A autoridade disse que o congelamento da produção nos níveis de janeiro, defendido por alguns países, como a própria Arábia Saudita, a Rússia e o Catar, “é o começo de um processo”. “Isso não é o mesmo que cortar a produção, o que não irá acontecer”, afirmou ele, no evento IHS CERAWeek em Houston. Segundo o ministro, as forças do mercado, e não cortes coordenados, devem ser o meio principal de equilibrar o mercado.

A autoridade disse que, se todos os grandes produtores congelarem a produção, os estoques cairão, mas isso não deve ocorrer. A questão do congelamento da produção deve ser mais discutida na reunião de março da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), completou.

Naimi não descartou, porém, uma ação coordenada em certas circunstâncias, especialmente quando mais produtores desejam compartilhar o peso de reduzir a produção. “Nós devemos permitir que os mercados trabalhem, mas também precisamos permanecer vigilantes. Precisamos buscar uma melhor compreensão da dinâmica de um mercado que muda e estar preparados para agir quando falhas no mercado e volatilidade extrema do mercado ocorrerem”, afirmou ele, apontando que a Arábia Saudita não quer o barril do petróleo em US$ 20. “Um ajuste parece difícil, mas é uma forma eficiente de reequilibrar o mercado.”

O ministro disse que o papel da Opep continua sendo o de tentar equilibrar oferta e demanda. Naimi ainda falou sobre os combustíveis fósseis que, segundo ele, não devem ser deixados no solo, porque dessa maneira “economias seriam destruídas”. “Temos de combater as emissões de poluentes, não os combustíveis fósseis”, afirmou, defendendo o “papel vital” que continuam a ter os combustíveis fósseis, “gostemos ou não”.

A autoridade saudita disse que seu país não é contrário a ofertas adicionais da commodity, como o xisto, negando que esteja empreendendo uma “guerra” contra o xisto. “Nossa meta não é a fatia de mercado, mas sim satisfazer a demanda do consumidor”, argumentou. “Como um setor, temos mais o que nos une do que nos divide”, complementou ele.

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