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Tensão na Ásia

China adverte G7 para não incentivar separatistas

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Bartô Granja, Edição - Foto Reprodução

O governo chinês reagiu com força nesta segunda, 16 (horário local) ao G7 (grupo de países com as maiores economias mundiais) por sua ‘intromissão’ em assuntos internos da China. O confronto se agrava paralelamente ao avanço das tropas russas sobre a Ucrânia.

No domingo, o G7 (Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, Itália, Canadá e Inglaterra) acusou Pequim de ameaçar regiões autônomas que tentam se insurgir com movimentos separatistas.

Para o G7, está na hora de acabar com “a situação dentro e ao redor do Leste e do Sul da China”. O governo de Xi Jinping, segundo o grupo, deveria “abster-se de ameaças, coerção, medidas de intimidação ou uso da força”.

Além de minar o poder da China sobre Taiwan, Hong Kong e o Tibete, o G7, segundo Pequim, agora decidiu mirar a suposta falta de liberdade em Xinjiang.

Xinjiang é um território autônomo no noroeste da China, que faz fronteira com a Ásia Central. Lá estão abrigados muitos grupos de minorias étnicas, como os uigures-turcos.

A população local é estimada em cerca de 30 milhões de habitantes. A antiga rota comercial da seda que ligava a China e o Oriente Médio passava por Xinjiang.

“A China está fazendo um protesto firme à presidência do G7”, reagiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em um briefing.

“Nossa posição sobre a questão de Taiwan e a interferência estrangeira nos assuntos de Hong Kong, assim como de Xinjiang, permanece inequívoca”, pontuou Zhao. E concluiu, contundente: “Tirem os olhos daqui”.

Pequim também pediu ao G7 que pare de impor sanções ilegais a outros países e de enviar seus aviões e navios de guerra para as fronteiras de outras nações.

Anteriormente, as autoridades chinesas criticaram os EUA por tentar minar o princípio de uma só China, depois que o Departamento de Estado dos EUA excluiu algumas declarações de seu site, incluindo aquelas que diziam que “os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan”.

Pequim exortou Washington a “parar de se envolver na manipulação política de questões relacionadas a Taiwan”, enfatizando que “há apenas uma China no mundo”.

Taiwan é governada separadamente da China continental desde 1949, quando as forças comunistas venceram a guerra civil. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan , que se autodenomina República da China, sustenta que é um país autônomo.

Ao mesmo tempo, as relações da China com os países ocidentais são complicadas pela questão de Xinjiang, já que EUA, Grã-Bretanha, países da UE e seus aliados sancionaram várias entidades e indivíduos, acusando a China de instalar campos de trabalho para minorias étnicas na região.

Pequim nega as acusações sobre o assunto, dizendo que as autoridades estão apenas conduzindo um programa de desradicalização em Xinjiang para eliminar o apoio a grupos extremistas.

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