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O conflito

China adverte Europa para não alimentar nova guerra fria

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Bartô Granja, Edição - Foto Reprodução

A Embaixada da China na União Europeia afirmou na sexta-feira, 25, que a estratégia de expansão da Otan está arrastando o planeta para uma nova Guerra Fria. De acordo com o comunicado diplomático, a linguagem dos europeus se destinava a “atiçar as chamas para provocar problemas”.

A nota enfatiza que o governo do presidente chinês Xi Jinping  se “opõe firmemente” às ​​”acusações e suspeitas infundadas da Otan (de apoio de Pequim a Moscou), bem como a quaisquer tentativas de exercer coerção e pressão contra a China”.

“Achamos necessário lembrar a Otan mais uma vez de ter uma compreensão completa e precisa da posição consistente e de longa data da China”, diz o comunicado. “A China sustenta que a independência soberana e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas e que os propósitos e princípios da Carta da ONU sejam mantidos”.

O porta-voz da Embaixada da China também destacou que, após a erupção da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, Pequim está “trabalhando ativa e construtivamente” para ajudar nas negociações de paz, na resolução de conflitos e na prevenção de uma crise humanitária em larga escala em um país forma objetiva e imparcial. “O tempo provará que a China está do lado certo da história”, afirmou o porta-voz.

Enquanto isso, de acordo com a embaixada, como um “remanescente da Guerra Fria e a maior aliança militar do mundo, a Otan segue um conceito de segurança ultrapassado. Ela vem ampliando seu alcance geográfico e seu alcance de operações e usando táticas da Guerra Fria para provocar a rivalidade do bloco. Devemos ficar em alerta máximo e dizer não a uma ‘nova Guerra Fria’, que vai contra a tendência da história e as aspirações de pessoas em todo o mundo”, acrescentou o comunicado.

O porta-voz da Embaixada da China também observou que em 24 de março de 1999, a Otan bombardeou a República Federal da Iugoslávia, “causando milhares de vítimas”, incluindo alguns cidadãos chineses, e deslocando centenas de milhares. “As lições da história não devem ser esquecidas”, disse a missão.

“A Otan precisa ter uma boa reflexão sobre si mesma, rejeitar a mentalidade da Guerra Fria e buscar construir uma arquitetura de segurança europeia equilibrada, eficaz e sustentável por meio do diálogo e da negociação sob o princípio da segurança indivisível”, segundo o porta-voz da Embaixada da China.

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