Talvez um psiquiatra...
Choro de traidor de Eduardo não merece Kleenex
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Tenho visto alguns vídeos do Eduardo Bolsonaro nos últimos dias e olha, não é só impressão minha: ele claramente não está bem. Pensando bem, quem estaria? Envolvido até o último fio de cabelo em escândalos, atentando contra a soberania do país, com o pai de tornozeleira, a mãe em silêncio e o país inteiro assistindo de camarote. A cabeça de um homem dessa idade não devia estar ocupada com estratégias golpistas, mas com boletos, fraldas, terapia… e talvez uma aula de compostura.
Mas o que me intriga mesmo é aquele olhar. Fixo, meio perdido, o rosto emagrecido. Uma expressão que mistura raiva, cansaço e talvez um fiapo de desespero. Tem algo ali que vai além da política. Tem uma tristeza que a retórica não consegue esconder. Uma espécie de pedido de socorro mal disfarçado em frases ensaiadas.
Agora, não me entendam mal, não é compaixão o que sinto. Como já dizia dona Ivone Lara: “Não me comove o pranto de quem é ruim.” E nisso sou firme. Não me comove mesmo.
Mas fico aqui ruminando: será que ele não tem um amigo? Uma alma caridosa que o chame num canto e diga, com jeitinho: “Eduardo, vamos ali dar uma voltinha no CAPS? Tem café, ar-condicionado e ninguém precisa saber.” Porque a gente sabe, no fundo, que o Brasil é generoso até com quem tentou acabar com ele.
Vai ver o que ele precisa mesmo é de uma boa escuta, um acolhimento humanizado e, quem sabe, uma ficha preenchida no SUS. Afinal, se o país ainda tem alguma salvação, talvez comece por aí: oferecendo cuidado até pra quem nunca soube o que é cuidar.