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Cada um por si

Luta pela sobrevivência em jardim chega com chuva

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Autor/Imagem:
José Seabra - Foto Produção Irene Araújo

As chuvas no litoral, zona da mata e agreste nordestinos estão chegando apressadas, empurradas por uma frente fria que sopra do Atlântico. As águas de março que fecham o verão sulista sobem com força para o Nordeste, onde ficarão até meados de julho, agosto. Momentos assim são sinônimo de verdadeiras batalhas pela vida em floridos jardins.

As nuvens negras lá em cima, embora esparsas, fazem desaparecer o azul do céu, que ganha um tom mais cinza. Embaixo, é cada um por si, entre pequenas borboletas, libélulas, sapos até há pouco simples girinos e as assustadoras lagartixas, que abrem as bocas sedentas por comida como verdadeiras miniaturas de dinossauros.

A cena é desenhada diariamente no jardim onde instalou-se a sucursal regional de Notibras. É apoteótica.

O jardim de aparente tranquilidade, onde a vida pulsa em grunhidos, murmúrios peçonhentos, canto de aves e o suave bater de asas, apresenta uma batalha silenciosa pela sobrevivência que se desenrola a cada dia. Borboletinhas dançam entre as flores, libélulas deslizam graciosamente pelo ar, sapos espreitam nos cantos úmidos e lagartixas se camuflam nas folhas.

As filhotas da mariposas, com suas asas delicadas, desfrutam dos néctares das flores, alheias aos perigos que espreitam ao redor. Para elas – é a visão que se nos apresenta -, o jardim é um palco de encanto e fragilidade, onde a beleza é sua maior defesa, mas também sua maior vulnerabilidade.

As libélulas, com suas asas transparentes e olhos multifacetados, patrulham os céus do jardim em busca de presas. Velozes e ágeis, são as predadoras aéreas, capturando borboletinhas, mosquitos e pequenos insetos com precisão mortal. No entanto, até mesmo as libélulas precisam estar em alerta, pois os sapos espreitam nas sombras, prontos para dar o bote.

Os sapos, mestres do disfarce e da paciência, aguardam imóveis em seus esconderijos úmidos, observando atentamente cada movimento. Seus olhos salientes e línguas rápidas são armas letais, capazes de capturar suas presas em fração de segundo. No entanto, eles também precisam enfrentar os desafios impostos pelas lagartixas.

Ágeis e camufladas, as lagartixas são os predadores terrestres do jardim. Com suas habilidades de escalada e visão aguçada, caçam pequenos insetos e até mesmo jovens sapos com astúcia e destreza. Para elas, cada pedra e cada arbusto são oportunidades de emboscada, onde podem lançar-se sobre suas presas com velocidade surpreendente.

Nesse delicado equilíbrio de forças, a vida no jardim pulsa em uma dança eterna de predador e presa, onde cada um luta pela sua própria sobrevivência. Entre as flores e os arbustos, uma trama invisível de vida se desenrola a cada instante, onde a beleza e a crueldade se entrelaçam em um ciclo eterno de vida e morte.

E é assim, no silêncio sereno do jardim, que a batalha pela sobrevivência continua, perpetuando o esplendor da natureza. Essa majestosa encenação, por momentos breves que sejam até cair a próxima pancada de chuva, inspira a equipe da sucursal Nordeste a produzir o conteúdo editorial que dá mais brilho a Notibras.

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