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Resposta ao Gabinete do Ódio

Ciranda de mãos dadas enfrenta onda fascista

Publicado

Autor/Imagem:
Antônio Nóbrega e Wilson Freire (*Texto de abertura de Pretta Abreu)

Vem de Pernambuco, via Priscila Cotta, da Agência Frevo, o que já se transformou no maior sucesso artístico de combate ao neofacismo que tenta se agrupar no Brasil para se perpetuar no poder . É a ciranda Ninguém Solta a Mão, Ninguém. A letra é de Antônio Nóbrega e Wilson Freire. Entre os intérpretes, além do próprio Nóbrega, estão Chico César e Gilberto Gil.

Não é uma música, uma ciranda – dança característica de Pernambuco. É um hino de liberdade, que pede um Brasil justo, com o Congresso e o Supremo funcionando, sem ameaça de negacionistas e de um cabo e um soldado às suas portas. São mãos unidas numa grande onda para resgatar o Brasil que todos desejamos, como tem pregado Notibras numa série de textos.

Ninguém solta a mão. A ordem é vencer o ódio. Nossa ciranda une os republicanos contra todos os tiranos que estão a governar. É uma aliança entre as forças progressistas contra os nazi fascistas que voltaram a se agrupar. Leia a letra e ouça a música a seguir. O vídeo foi reproduzido do Youtuber.

Uma onda diz vai, vai…
Outra onda diz vem, vem…
De mãos dadas vão e voltam,
ninguém solta a mão, ninguém.

Nossa ciranda
da maré é o movimento.
Em tempos de isolamento
a ciranda vai rodar.
E vai fazer
entre nós mais uma ponte,
alargando o horizonte
dos sertões até o mar.

Demos as mãos
nesta roda virtual;
a ciranda contra o mal,
ela não pode parar.
Pois de mãos dadas
a corrente não se parte.
Contra o ódio, viva a arte,
nossa voz não vão calar.

Uma onda diz vai, vai…
Outra onda diz vem, vem…
De mãos dadas vão e voltam,
ninguém solta a mão, ninguém.

Nossa ciranda
une os republicanos
contra todos os tiranos
que estão a governar.
É uma aliança
entre as forças progressistas
contra os nazi fascistas
que voltaram a se agrupar.

E faz trincheira
com os povos da floresta,
defendendo o que resta
de fauna, flora e de ar.
Contra o garimpo,
que faz mata virar pasto,
agronegócio nefasto
que só pensa em lucrar.

Uma onda diz vai, vai…
Outra onda diz vem, vem…
De mãos dadas vão e voltam,
ninguém solta a mão, ninguém.

Nossa ciranda
quer congresso funcionando,
STF julgando,
cada qual no seu lugar.
Sem ditadores,
cala a boca, sem censura,
calabouço, sem tortura,
sem exílio no além-mar.

Ela é maior
que as muralhas lá da China.
Do Uauá à Cochinchina
ela vai se alastrar.
Como um arrastão,
desses de tarrafa ou rede,
arrastando a fome e a sede
para além do lá-de-lá.

Uma onda diz vai, vai…
Outra onda diz vem, vem…
De mãos dadas vão e voltam,
ninguém solta a mão, ninguém.

Nossa ciranda
faz a onda, faz um laço,
e no mundo dá um abraço
e abraçada vai lutar.
Contra o racismo,
flagelo da humanidade;
pela luz, fraternidade,
pelo mundo vai rodar.

Dança no passo
da ciência pro futuro.
Não dá mãos ao obscuro,
aos que negam o Bem-virá.
E esta dança,
que nasceu em uma praia,
ganhou mundo, se espraia,
está em todo lugar.

———-

*** CANTAM ***
Antonio Nóbrega
Ayrton Montarroyos
Chico César
Fabiana Cozza
Flaira Ferro
Gilberto Gil
Isaar
Mestre Anderson
Monica Salmaso
Patrícia Bastos
Renato Braz
Rodrigo Bragança
Rodrigo Sestrem
Sofia Freire

*** TOCAM ***
Cléber Almeida
Daniel Allain
Edmilson Capelupi
Guto Wirtti
Léo Rodrigues
Marcone Túlio
Matheus Prado
Reynaldo Izeppi
Toninho Ferragutti
Zé Pitoco

*** DANÇAM ***
Flaira Ferro
Isaar
Maria Eugenia Tita (solo trompete)
Rosane Almeida

Assista ao vídeo reproduzido do Youtube

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