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O otimista

Ciro promete acabar com procissão de desempregados no País

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Autor/Imagem:
Marta Nobre, Edicão

Para Ciro Gomes – candidato do PDT à Presidência da República -, o Brasil precisa mudar. Essa manifestação foi feita no debate da RedeTV!, na noite desta sexta, 17. “Há 13 milhões de patriotas brasileiros como nós desempregados, mais de 32 milhões empurrados para viver de bico e 63 milhões de brasileiros humilhados com nome sujo no SPC”, desabafou.

Segundo Ciro, “isso tudo não precisava ser assim. Por isso passei os últimos dois anos organizando um projeto nacional de desenvolvimento que consulta o melhor da inteligência brasileira, que tenha respostas práticas para tudo isso. E entre os capítulos desse projeto nacional de desenvolvimento naturalmente há de ser a mudança na legislação que permita ao Brasil ser mais eficaz.”

Mordomias e salários – “Tudo começa com a grande reforma, com ajuste fiscal que vai possibilitar a utilização do crédito a serviço da micro, da pequena e da grande empresa. Porque hoje o governo brasileiro absorve 72% do crédito existente para arrolar a dívida pública. O ajuste fiscal reduz a dívida pública. Melhorar o ambiente de negócios – reforma tributária é a força motora do desenvolvimento -, simplificando, três itens: desburocratização, simplificação, e obviamente investimentos. O Brasil tem três grandes desafios para gerar empregos. O ajuste fiscal, os investimentos e a produtividade. É evidente que melhorar o ambiente de negócios significa não só fazer a reforma tributária, mas também combater a corrupção. A Operação Lava Jato tem que ser grande cabo eleitoral do investimento, da geração de emprego. Porque vai atrair, vai trazer de volta os recursos que foram expulsos do Brasil pela corrupção.”

Agronegócio – “O emprego é consequência da ativação de quatro motores: consumo das famílias – por isso tenho proposta de resolver o problema do endividamento de 63 milhões de pessoas do SPC; investimento empresarial, que hoje está colapsado por explosivo endividamento; solução da equação das contas públicas, que estão completamente falidas; e celebração de política industrial e de comércio exterior que termine com o genocídio de empresas. O Brasil é o país que mais destrói indústrias no Brasil. Nos últimos três anos, do desmantelo da Dilma para cá, 13 mil indústrias foram fechadas no nosso país, 4 mil delas em São Paulo. E um dos setores que pode ser ativado é agregar valor na agropecuária brasileira. Somos a agricultura e pecuária mais competitiva do mundo, mas importamos do estrangeiro fertilizantes, defensivos agrícolas, importamos a maior parte dos implementos agrícolas e quero política industrial que priorizando o setor agropastoril verticalize a produção industrial deles.”

Política industrial – “Eu quero só – pontuando a nossa discussão, estamos discutindo o futuro do Brasil – dizer que na ponta, no comércio, se cobra muito imposto sobre comida. O que estou dizendo é que lá na produção, especialmente o agronegócio é exportador e não paga nada de imposto. Então não vamos misturar alho com bugalho, e eu também governador isentei a cesta básica, pela primeira vez, acho, no Nordeste. E o PSDB é autor do capítulo tributário da Constituição, é o [senador José] Serra o autor, ele é que determinou essa montanha, e o Fernando Henrique [Cardoso, ex-presidente] explodiu a carga tributária brasileira. Eu fui ministro. A propósito, eu ia pedir direito de resposta para defender um ausente aqui. Quem fez o Plano Real foi Itamar Franco, presidente muito injustiçado. Agora, a questão do Brasil é o seguinte: nenhum país do mundo aceita destruir indústrias como nós. É preciso alinhar o câmbio, que hoje é estimulante do consumismo populista, lá atrás com o Fernando Henrique, depois com a Dilma [Rousseff, ex-presidente], quebramos. E é preciso consertar a questão do financiamento, dos juros. Está terminando o tempo, eu volto em outra hora.”

Conflitos no campo – “Você [Marina] é uma campeã dessas lutas, e uma das pessoas que tem influência sobre a minha compreensão dessas coisas todas é você. E me honra muito, apesar de estarmos aqui disputando, reconhecer isso para todo o conjunto do povo brasileiro. O Brasil precisa transformar em ferramenta prática aquilo que já temos na lei. Nós temos, por exemplo, a possibilidade do zoneamento econômico-ecológico que define com clareza o que pode e o que não pode ser feito em que tipo de áreas e etecetera. E o Brasil precisa ter aquilo que os americanos chamam de ‘enforcement’, ou seja, a lei que pega. Quanto tempo trabalhamos juntos e ali todas as leis estavam prontas e a gente não tinha no território capacidade de fazer. Multava e, dali a pouco, vinha um refis, uma anistia e lá ia o estímulo. Portanto, a impunidade é que é a grande mestra disso. Eu trouxe para minha vice uma pessoa que tem muitas diferenças de mim, a Kátia Abreu. Mas a Kátia Abreu, sendo uma pessoa que vem da agricultura, ela já compreende com muita clareza a necessidade de a gente achar o equilíbrio disso.”

Considerações finais – “Quero agradecer à RedeTV!, aos jornalistas, o privilégio desta noite. Quero agradecer aos ilustres concorrentes à Presidência da República, quero especialmente agradecer a você, meu irmão, minha irmã, brasileiros de todos os rincões que ficaram conosco até esta hora. Você acha que o Brasil precisa mudar? Nós estamos juntos nesta batalha. Ajudar vocês, aqueles que estão precisando, a tirar o nome do SPC. Gerar 2 milhões de empregos, retomando obras paradas pelo Brasil inteiro. Apostar em creche em tempo integral e em ensino médio profissionalizante em tempo integral, como já temos no Ceará. Esses são alguns dos nossos compromissos. Nós vamos revogar esta vergonha, falando aqui como o Boris Casoy, que é o teto de gastos, que guarda o dinheiro para os banqueiros e proíbe de se investir na agenda do povo.”

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