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Ninguém escapa

Coisa de adolescente? Acne atinge grande parte das mulheres adultas

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

Quando o assunto é espinhas, logo se pensa em adolescência. Porém, por mais que nesta fase da vida o problema seja mais comum e recorrente, ele não é exclusivo das pessoas de 15 a 19 anos. De acordo com estudos do International Journal of Women’s Dermatology, a acne atinge 50,9% das mulheres de 20 a 29 anos e até 26,3% das mulheres de 40 a 49 anos. No Brasil, as inflamações são um dos principais motivos para mulheres procurarem os consultórios dermatológicos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A dermatologista Mayanna Maia explica que a causa varia de situação para situação. “Pode ser algum problema hormonal, como hiperandrogenismo ou síndrome dos ovários policísticos, diabetes, síndrome metabólica ou até mesmo um histórico de pele oleosa e acneica vinda da adolescência”, diz. A acne pode surgir também por conta de um fator muito presente na vida das pessoas nos dias de hoje: o estresse. “O estresse produz no organismo um hormônio chamado cortisol. Esta substância aciona as glândulas sebáceas, que acabam deixando a pele mais oleosa”, explica.

Mesmo se tratando do mesmo problema, a acne adulta não é igual à que costuma acontecer no período da puberdade. Nos adolescentes, além da maior quantidade de cravos, as erupções se alojam mais na chamada “zona T”, que engloba as região da testa e do nariz. Já em mulheres mais velhas, elas costumam aparecer nas regiões mandibular e do queixo, conhecidas como zona U.

Como tratar? – O primeiro passo é investigar com o dermatologista a causa da acne. Desta forma, o profissional pode passar o melhor tratamento. Em casos genéticos, geralmente são receitados agentes secativos ou até mesmo a isotretinoína, mais conhecida como Roacutan. Já em quadros hormonais, pode-se fazer uso de anticoncepcionais ou de espironolactona, medicamento que neutraliza os efeitos andrógenos dos hormônios na pele.

Após tratar as espinhas, é necessário cuidar também das sequelas que elas podem deixar, como manchas e cicatrizes. “Para manchas, fazemos uso de clareadores, peelings e laser. Se, por acaso, o paciente ficar com cicatrizes, usamos laser CO2 ou microagulhamento, que melhoram muito o aspecto da pele”, diz Mayanna.

Ajudinha extra – Mesmo tendo acesso a diversos tratamentos, é importante manter uma rotina de cuidados com a pele, evitando assim que as espinhas apareçam ou mesmo não deixando que as que já estão lá fiquem piores. “É importante procurar um dermatologista, descobrir seu tipo de pele e lavar o rosto duas vezes por dia, ao acordar e antes de dormir, com sabonetes específicos para você. Uma vez por semana, também é recomendado esfoliar suavemente a pele. Tonificar e hidratar a pele após a limpeza também é essencial”, diz Dra. Mayanna. Hidratar? Isso mesmo! Quem tem pele oleosa pode e deve passar hidratante, mas ele deve ser específico para a pele do rosto.

Outra dica boa é sempre tirar bem a maquiagem antes de se deitar. “Dormir de maquiagem é um veneno para o rosto, porque os produtos entopem os poros e não deixam a pele respirar”, diz a especialista. Além disso, é sempre bom equilibrar a alimentação, praticar exercícios físicos e beber bastante água. Para finalizar, não se pode esquecer uma das principais regras, que serve para todas as pessoas, tendo ou não espinhas: não sair sem protetor solar! Pronta para ter uma pele linda?

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