Combustível sobe e Bolsonaro aposta em revolta para dar golpe

A Petrobras reajustou de novo os preços da gasolina(7%) e do diesel (9%) em suas refinarias. Os percentuais vigoram a partir desta terça-feira, 26. O litro da gasolina vendido às distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%.

A Petrobras afirma que a parcela da gasolina vendida nas refinarias no preço final do produto encontrado nos postos chegará a R$ 2,33, com um aumento de R$ 0,15. A variação é menor que os R$ 0,21 de reajuste nas refinarias porque a gasolina tem uma mistura obrigatória de 27% de etanol anidro.

Já o litro do diesel passará a ser vendido por R$ 3,34 nas refinarias da Petrobras, o que representa um aumento de cerca de 9% sobre o preço médio atual, de R$ 3,06.

No caso do diesel, a Petrobras calcula que o impacto para o consumidor final seja um aumento de R$ 0,24, porque o diesel vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 12% de biodiesel.

A Petrobras justifica que os reajustes no preço garantem que o mercado “siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”.

“O alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021. Os ajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio”, afirma a empresa.

A postura de aumentos constantes nos preços dos combustíveis teria uma motivação política, segundo analistas ouvidos por Notibras: o preço do diesel, em particular, jogaria os caminhoneiros para uma greve de consequências imprevisíveis. Com risco de desabastecimento, principalmente de alimentos, o Exército seria convocado para ocupar as ruas, num sinal claro de que o golpe pretendido para o último 7 de Setembro, teria sido apenas adiado.