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Comlurb começa a demitir garis que não voltaram ao trabalho

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Após três dias da greve que paralisou a coleta na cidade no Carnaval, deixando as ruas inundadas de lixo, a Comlurb endureceu o tratamento com os grevistas. Conforme antecipara, iniciou ontem o processo de demissão de cerca de 300 garis que estariam forçando colegas a aderir à paralisação iniciada no sábado. Porém, parte deles decidiu manter os braços cruzados, em assembleia pela manhã.

A normalização das atividades, segundo o grupo dissidente, só será feita caso a Comlurb aceite proposta de aumento do piso salarial de R$ 874 para, no mínimo, R$ 1.200 (fora o adicional de insalubridade, de 40%) e que sejam oferecidos benefícios como vale-alimentação e licença-prêmio e aumento do valor do tíquete-refeição.

Em reunião da categoria, na Central do Brasil, mais de 200 garis lançaram gritos de ordem como “Eeeeeê, neste Carnaval, o prefeito vai varrer (pausa). Sozinho!”. Alguns deles seguiram para a sede da prefeitura, na Cidade Nova, para tentar nova reunião com representantes da Comlurb. Eles afirmam não estar de acordo com a negociação com o sindicato, que obteve na segunda-feira, aumento de 9% no piso, chegando a R$ 874,79, mais 40% de adicional de insalubridade, e benefícios como plano odontológico, aumento do tíquete-refeição de R$ 12 para R$ 16 e gratificação de 14º e 15º salário por resultados. As medidas entram em vigor a partir de abril.

A Comlurb está enviando cartas aos garis para que compareçam a sua sede na Tijuca na quinta-feira, para formalizar a rescisão, em função de faltas injustificadas dias 3 e 4, de acordo com decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que declarou a greve ilegal no último sábado, e a cláusula 65 do acordo firmado com o sindicato. A empresa informou que as operações já foram retomadas em áreas como Centro (especialmente Avenida Rio Branco, Aterro e Sambódromo) e na Zona Sul.

No entanto, até o início da tarde, o cenário era desolador para moradores e visitantes, com papeleiras cheias, lixo no chão, sacos à espera de coleta e muito mau cheiro no ar. Em ronda de mais de uma hora pelas zonas Norte e Sul, equipe do DIA não avistou nenhum varredor, a não ser em um trabalho de coleta na Avenida Atlântica. Profissionais, que não estavam uniformizados, retiravam apenas as sacolas maiores. Para garantir a segurança, a Guarda Municipal e a PM foram acionadas.

 

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