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Transtorno

Compulsão alimentar é armadilha para quem sofre de ansiedade

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Ana Paula Scinocca

Caracterizada pelo ato de comer de forma descontrolada, em um curto espaço de tempo, e em quantidade maior do que outra pessoa que não sofre de nenhum distúrbio comeria na mesma situação. Assim é a compulsão alimentar que, segundo pesquisas, atingem cerca de 2% da população, sendo mais frequente em mulheres com idade na faixa entre 20 e 30 anos.

A alimentação inadequada e em maiores quantidades do que o corpo necessita, além de levar ao sobrepeso, está ligada a doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol alto, problemas cardíacos, respiratórios ou de circulação. Além de outros transtornos ou doenças mentais, como a bulimia ou a depressão.

Nutricionista e coach em emagrecimento, Gladia Bernardi defende que é possível vencer a compulsão alimentar com o acompanhamento de profissionais de saúde e seguindo uma rotina de vida mais saudável.

Associada ao Health Coaching International Institute, escola pioneira em Coaching de Emagrecimento Consciente, a especialista explica que grande parte das pessoas que comem por compulsão estão dominadas pelo inconsciente, que as leva a comer sem controle. “É necessário reprogramar a mente dessa pessoa para que ela passe a fazer as escolhas alimentares através do sistema consciente, e assim ter hábitos mais saudáveis, deixando de agir por impulso na hora de comer”, explica.

Veja cinco passos indicados pela especialista para vencer a compulsão alimentar:

Busque entender a raiz do problema
Para algumas pessoas, a vontade de comer exageradamente aumenta quando estão tristes, nervosas ou passando por situações de estresse, associando a comida como compensação para a questão que as aflige.

Na visão de Gladia, contar com o acompanhamento de um coaching em emagrecimento, aliado a um atendimento psicológico, é fundamental para compreender o que faz a pessoa querer comer por impulso.

“O paciente busca compensar na comida algo prazeroso que ficou para trás na vida daquele indivíduo, e que o faz buscar a comida para o preenchimento desta lacuna”, explica ela. “Para sanar isso, é preciso estudar a fundo esses gatilhos emocionais, e então combatê-los”.

Não faça dieta por conta própria
Tentativas frustradas de controlar o peso são uma das causas que fazem a pessoa comer de forma ainda mais descontrolada. Isso porque, com a insatisfação por não conseguir controlar o próprio peso, muitos acabam desistindo de manter uma alimentação regrada, passando assim a comer em maiores quantidades e de forma menos saudável.

“É fundamental ter o acompanhamento de um profissional da saúde, pois ele saberá exatamente o que a pessoa precisa comer e aquilo que deve evitar. Buscar um profissional é sempre o mais indicado para qualquer paciente, mas, para os que sofrem de compulsão, fazer dieta sozinho é um erro ainda mais grave, que coloca a saúde em risco”, alerta.

Faça escolhas mais saudáveis
Para a especialista, além das principais refeições do dia – café da manhã, almoço e jantar- é preciso prestar atenção no que se come entre as refeições. “Para quem sofre de compulsão, alimentos como salgadinhos, balas e outras guloseimas tornam-se ainda mais tentadores, e não é difícil que ‘devorem’ sacos inteiros de salgados industrializados ou doces em minutos, o que faz um verdadeiro estrago na alimentação”.

Por isso, é importante investir nos petiscos saudáveis, tendo sempre opções pouco calóricas para quando bater aquela fome ou compulsão. “Cenouras baby, ovos de codorna, frutas cortadas em pedaços, como maçã ou pêra, são boas opções para o lanche”, indica a nutricionista.

“É fundamental optar por petiscos de boa qualidade, durante o dia e também à noite, quando o metabolismo funciona de forma mais lenta”, explica.

Gerencie melhor suas emoções
Para a especialista, sempre que houver a vontade de comer compulsivamente, deve-se analisar quais serão as consequências negativas ou positivas que se terá em médio prazo. “Se a pessoa pensar que se sentirá ainda pior caso se ‘renda’ à compulsão, certamente irá pensar duas vezes antes de agir de forma descontrolada à mesa”, diz.

Um estudo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) mostra que obesos têm 55% maiores chances de desenvolver depressão. “É preciso colocar isso na balança e buscar compreender se, um pouco mais tarde, a pessoa ficará mais feliz por ter evitado comer algo, ou se ela se sentirá culpada por ter ingerido o alimento”, explica.

Procure outras formas de compensação
Além auxiliar na perda de peso devido à aceleração do metabolismo, a prática de exercícios libera endorfina, enzima que proporciona bem-estar e diminui a ansiedade e o estresse.

Pesquisa do Ministério do Esporte aponta que 38,1% dos homens e 44,6% das mulheres afirmam que praticar atividades físicas melhora a sensação de bem-estar e a qualidade de vida.

“É preciso encontrar outra atividade para recompensar o cérebro como fonte de prazer, que não seja a comida, e praticar sempre essa atividade, para que a prática se torne um hábito”, destaca Gladia.

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