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Mais 664 mortes

Conass defende toda vacina contra Covid

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

Para combater a pandemia do novo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro não pode pautar suas decisões com base em ideologia ou disputas políticas. É fundamental que o governo federal adote todas as vacinas que comprovem eficácia. Essa a posição do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, manifestada em nota oficial neste sábado, 5.

A a nota do Conass veio no mesmo dia em que o Brasil chega a 176 mil 628 mortos vítimas da Covid-19, dos quais 664 somente nas últimas 24 horas. Os casos de contágio também vêm se acelerando. De sexta para sábado mais 43 mil 209 pessoas foram contaminadas. Com isso, o total de infectados desde a chegada da doença ao país sobe para 6.577.177.

Na manifestação deste sábado, o Conass enfatiza que “a falta da coordenação nacional, a eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para a vacinação nos diversos Estados são preocupantes, pois gerariam iniquidade entre os cidadãos das unidades da federação, além de dificultar as ações nacionais de comunicação e a organização da farmacovigilância, que será fundamental com uma nova vacina”.

No meio da semana, o Ministério da Saúde divulgou que o cronograma de vacinação prevê o início das aplicações em março, no qual idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas terão prioridade. Segundo o governo federal, o Brasil tem o fornecimento garantido de 142,9 milhões de doses de vacinas por meio dos acordos entre a Fiocruz e a AstraZeneca (100,4 milhões) e a Covax Facility (42,5 milhões), iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A nota divulgada pelo conselho também destaca a “necessidade de se alcançar a imunização de toda a população brasileira, com a máxima brevidade”. Não há previsão, contudo, de vacinar toda a população brasileira no ano que vem, de acordo com a apresentação feita pelo ministério.

A maioria dos imunizantes desenvolvidos têm duas doses e, além disso, o Brasil tem uma população de 212,3 milhões de pessoas. Ou seja, seria necessário um número cerca de três vezes maior do que está garantido pelo ministério.

“O recrudescimento da pandemia da covid-19, no mundo e no Brasil, aponta para um cenário de insuficiência de doses para a vacinação de todas as populações, fazendo com que restrições ao número de fornecedores causem atrasos no acesso à vacina para grupos prioritários de risco”, diz a nota conjunto.

“É urgente que os processos de avaliação para o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, a logística de aquisição de insumos, o sistema de informações, a definição das estratégias de monitoramento e avaliação da campanha e, principalmente, a aquisição das vacinas estejam sob a coordenação do Ministério da Saúde, responsável pelo PNI, como medida para garantir a equidade entre os entes subnacionais”, destaca o Conass.

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