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Faxina política

Congressistas trabalham hoje pela ruína do país e do povo

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Misael Igreja - Foto Lula Marques

Ai que saudade dos tempos em que deputados e senadores eram menos ideológicos e mais parlamentares. Foi a época em que reclamávamos, mas respeitávamos os senhores e senhoras congressistas. Supostamente sérios, normais e preocupados com suas bases eleitorais, eles e elas só perdiam a vergonha quando chegava o momento de se discutir o toma lá, dá cá. Obviamente que era uma negociata pouco republicana, mas, depois dos acertos com o governo, todos se voltavam para os projetos de interesse da nação e do povo.

O tempo passou, o mundo mudou, o Brasil polarizou e boa parte do brasileiro se naturalizou de direita, contribuindo para que o ambiente político se deteriorasse de vez. Após uma ditadura que durou mais de 20 anos, o país que se imaginou democraticamente saudável está se transformando em palco de banditismo público e de conflitos diários e intermináveis pela primazia orçamentária e de poder.

A pretexto de golpear o governo de Luiz Inácio, os atuais deputados e senadores seguidamente escarram na cara dos eleitores e vergonhosamente desonram os votos recebidos. Sem qualquer preocupação em esconder a subserviência à extrema-direita representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, uma expressiva parcela dos ainda 513 deputados e 81 senadores trabalham incansavelmente para levar o Brasil e os brasileiros à ruína.

Sem nenhuma argumentação lógica, os ex-representantes do povo fecharam questão contra quaisquer propostas governamentais de aumento de impostos ou de redução de isenções fiscais. O veto ao decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras foi a maior prova de que as excelências têm compromisso assumido somente com os grandes empresários e setores beneficiados por isenções e benefícios tributários.

Além do IOF, nossos homens públicos (?) impediram o controle do preço da energia, aumentaram os valores do fundo partidário, barraram o fim da escala 6×1 e despudorada e perversamente criaram mais 18 vagas de deputados federais. Dizer que o Congresso Nacional tem a cara de Bolsonaro e, por isso mesmo, é inimigo da maioria esmagadora do povo é o mínimo. Pior é ouvir nas ruas, praças e supermercados que os políticos brasileiros são irresponsáveis, lastimáveis, retrógrados chegados a maracutaias nunca vistas por aqui, algo similar aos chefes dos morros cariocas.

É flagrante que a ordem é desestabilizar o Lula 3, independentemente de que as manobras golpistas dos parlamentares barbarizem o bolso e a barriga dos trabalhadores. Que em 2026 os quase 160 milhões de eleitores repensem seus votos e escolham representantes com condutas verdadeiramente ilibadas e vida pregressa sem falcatruas. Que também não se esqueçam de eleger aqueles que efetivamente irão trabalhar pela coletividade e não em benefício de interesses puramente pessoais. Só para lembrar, muitos dos atuais 584 congressistas candidamente não estão nem aí para a realidade do Brasil. Para eles, tudo. Para o povão, a fome, a miséria e as desigualdades sociais. Por fim, que 2026 seja o ano da faxina política.

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Misael Igreja é analista de Notibras para assuntos políticos, econômicos e sociais

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