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O aconchego

Conheça uma varanda lá no alto com jeito de quintal

Publicado

Autor/Imagem:
Roberta Cardoso

No quarto andar de um prédio que fica em uma rua tranquila do bairro de Moema, a arquiteta Paula Zelazo conseguiu transpor para a realidade um sonho: ter uma varanda multifuncional para que ela, o marido e os três filhos pudessem aproveitar ao máximo a área.

Com poucas obras e paisagismo assinado pelo Estúdio Gilberto Elkis, a proprietária projetou um espaço que tem de tudo: jardim, sala de estar, horta, cozinha completa, escritório e até um lugarzinho para que o caçula dos três filhos tenha aulas de música.

“Na planta original, tinha a porta dupla de transição entre o living e a parte externa. Tirei os caxilhos (da porta) e coloquei vidro. Onde começa o jardim foi interrompido o piso. Ele foi rebaixado para ter escoamento de água e preenchido com pisantes de mármore, vasos e pedrisco”, conta a arquiteta e moradora.

Paula queria ter uma atmosfera de quintal de casa, mesmo morando em um apartamento. Por isso, o paisagismo foi o primeiro passo dado em busca da varanda perfeita e, até hoje, continua sendo a área que recebe mais atenção, com manutenção mensal feita por um jardineiro.

“Ela imaginava um espaço que não tivesse a dureza de um terraço, e sim a impressão de um jardim plantado. Um lugar para tomar ar fresco e desfrutar da natureza”, explica Ana Karina Messa, coordenadora de projetos do Estúdio Gilberto Elkis. Assim, as orquídeas foram penduradas em uma treliça no teto por cabos de aço e ganchos, que possibilitam a fácil remoção para manutenção.

Já nos vasos cerâmicos, foram usadas algumas frutíferas como jabuticabeira e pitangueira. E como a varanda conta ainda com um espaço gourmet e Paula gosta muito de cozinhar, foram plantadas as mais variadas espécies de temperos: hortelã, alecrim, salsa, coentro, tomilho, pimenta, manjericão e muitos outros.

Aliás, foi a afinidade com as panelas que determinou a criação de uma cozinha completa na varanda. “Tem geladeira, chapa, cooktop, uma ilha com gavetões para guardar louças e um armário para apoio”, conta Paula. A moradora diz que todas as refeições da casa são feitas nesse espaço. “Consigo preparar um jantar do zero sem ter que ir na outra cozinha”, diz.

Os três filhos do casal aproveitam bastante essa parte vibrante da casa. Um biombo de madeira ajuda a dar mobilidade e privacidade quando coincide dos moradores estarem fazendo atividades diferentes. “Às vezes, o Bernardo está tocando órgão, meu marido está lendo, a filha está fazendo a lição de casa, o outro filho está sentado à mesa e eu cozinhando. É assim que essa varanda pulsa”, diz a proprietária, que conseguiu ainda incluir uma escrivaninha para trabalhar no local.

Equacionar tantas funções em um único espaço, sem dúvida, foi o maior desafio dos paisagistas e da arquiteta. A marcenaria aparece como um recurso que dá unidade ao todo, estando presente em muitos cantinhos e também na mobília, como na cadeira de balanço e sofá.

E mesmo com luz natural abundante, a iluminação cênica aparece como ponto de apoio para realçar a beleza do jardim e da horta. “À noite, temos a luz mais plena, sob a mesa de refeições, mas também podemos variar conforme a ocasião. Dá para acender as luzes do jardim”, comenta Paula. Com tantos atrativos, fica fácil de compreender os convidados que visitam o casal. “Sempre que a gente recebe amigos acontece a mesma coisa: chega uma hora que estamos todos na varanda e o living fica vazio.”

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