Reverberando
Conjugar versos de Luiz Antônio vale por uma vida inteira
Publicado
em
Desde criança eu queria ser poeta. Sempre achei que a poesia era uma das formas mais lindas de arte que o ser humano já inventou Complexa, delicada e ao mesmo tempo capaz de traduzir o indizível. Mas, apesar de toda a minha admiração, eu nunca consegui dominar essa arte.
Eu queria saber transformar o sentimento que explode no peito em versos breves, rimados, certeiros. Queria saber falar sobre o cotidiano, sobre o simples, com a beleza que só a poesia consegue dar às coisas corriqueiras. Mas não sei.
Claro que já arrisquei um ou outro verso, talvez movida por alguma emoção mais forte ou por um impulso de tentar dar forma ao que me transborda. Mas são medíocres. Falta ritmo, respiração, alma.
Por isso, toda vez que encontro um verdadeiro talento literário, não consigo esconder a admiração. Fico encantada, comovida e, inevitavelmente, quero mostrar pra todo mundo o que estou lendo.
Foi exatamente assim com o livro “Conjugado”, uma belíssima prosa poética de Luiz Antonio Ribeiro. Assim que comecei a leitura, chamei meu marido e disse: “Dá uma olhada nisso aqui.” E ficamos os dois, lado a lado, lendo e relendo alguns trechos, pasmos com a delicadeza que transborda daquelas páginas.
Há livros que a gente termina, mas que continuam reverberando por dentro, como se fossem música. Conjugado é um desses.
O livro pode ser adquirido no site da Editora Patuá.