Gaza Ferida
Corpos leves e a densa aflição de um povo sem pão e sem nação
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Choram os céus sobre Gaza ferida,
Terra sem pão, sem cor, sem guarida,
Catorze mil berços num fio de agonia,
Calados pela fome, sem luz, nem fantasia;
O leite secou, a mãe já não canta,
O silêncio do mundo é tudo o que espanta,
Israel fecha a porta, a ajuda é negada,
E a ONU clama para que sejam salvas;
Tão leves os corpos, tão densa a aflição,
De um povo esquecido, sem pão, nem perdão,
A guerra é um jogo de homens no trono,
Mas quem paga o preço, é o berço em abandono;
Balançam as mãos com panelas vazias,
Gritam as vozes que sofrem pela tirania,
O trigo estocado atrás da barreira,
E o tempo correndo, é morte certeira;
Cadê tua fé, humanidade cega?
Teu Deus se cala ou também carrega,
A dor dessas mães que só pedem por suas vidas?
Não querem armas, nem sangue, só a paz merecida.