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Tempos modernos

Corretor de seguros… uma profissão que beira a morte

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva

O mercado brasileiro de seguros vem crescendo. Só no ano passado o crescimento foi de 7%, se comparado ao mesmo período de 2016. Estes números são da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros.

O mercado de seguros vem sofrendo em alguns setores, assim como os demais ramos da economia que sofre com mais de 14 milhões de desempregados. E mesmo aquelas pessoas que ainda têm os seus empregos, tiveram que fazer reanálises de contas pessoais para poder seguirem em frente.

No ramo de seguros, os serviços mais afetados foram seguro auto e seguro residência. Por mais que o segurado tente ou queira manter o seguro já existente, outras prioridades  levam à desistência deste tipo de contratação de serviço.

O número de empresas e profissionais autônomos “aventureiros” era grande, sem a prestação das assessoria necessária aos seus clientes. Unindo isso à crise, acabaram desistindo de atuar no mercado de seguros. Isso acabou deixando a maioria dos fechamentos e controle deste tipo de serviço na mão de grandes corretoras, que conseguem fazer a prestação de pós-venda com muito mais qualidade e segurança.

Resiliência – Essa palavra define muito bem o desempenho de crescimento no ramo de seguros. Mesmo com um cenário negativo no Brasil, houve uma arrecadação de R$ 117,9 bilhões em 2018, o que significa um crescimento de 3,5%. Dados divulgados pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), indicam que a evolução do mercado segue o mesmo ritmo.

Segundo Márcio Coriolano, especialista do setor que sobreviveu a todas as crises, as maiores taxas, seguidas pela ordem dos ramos de maior contribuição, se apresentam assim: Seguro auto com 5,8%; PGBL, com 12,6%; Vida Coletiva, com 7,1%; Vida Individual, com 25,5%;Vida Risco Tradicional, com 19,00%, e Rural, com 17,8%.

Já Anderson Luis Gimenez, que também atua no ramo, vê números bem mais otimistas. O crescimento no ramo de seguros, mesmo com a crise, foi de 32% em relação ao mesmo período no ano de 2017, garante. Segundo ele, esse crescimento é fruto de uma assessoria de qualidade, um bom atendimento, informações claras e um pós-venda, podem fazer total diferença em um negócio.

Segundo alguns especialistas, a tecnologia será responsável pela queda substancial do volume de prêmios em alguns segmentos de seguros tradicionais, como o seguro auto, que terá uma queda de 40% no volume dos prêmios entre os anos de 2018 e 2050.

Mesmo com esse crescimento no setor de seguros, muitos corretores não conseguem aguardar a concretização das comissões. Como o sistema de recebimento no ramo de seguros é a longo prazo, o corretor precisa ter paciência para receber sua remuneração.

Ainda existe um fluxo grande deste tipo de profissional no mercado. Mas os corretores autônomos acabam desistindo de continuar a efetivação de vendas de seguros, que por sua vez, acabam procurando outros ramos de venda para poder suprir suas necessidades pessoais.

Os grandes profissionais do ramo sabem que precisam ter um pouco de paciência para conseguirem fazer boas comissões. Caso o profissional não tenha essa mentalidade empreendedora, acaba que ficando para trás, ressalta Anderson Luis.

Diante dos números e da mudança do mercado no decorrer dos próximos anos, ter noção dos riscos é fundamental para a readaptação do profissional corretor. “O profissional corretor de seguros, deve se reinventar como consultor especializado, sabendo e entendo como agregar mais valor a cada cliente atendido. Somente aqueles profissionais que entenderem que a tecnologia não é inimiga, mas sim uma aliada, continuarão subindo nos degraus do sucesso no ramo de corretagem de seguros, complementa Anderson Luis Gimenez.

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