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Nau sem rumo

Corrupção, violência, fome. Afinal, que País é esse?

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Cláudio Coletti

O momento que o Brasil atravessa é um dos mais dramáticos de sua história. Os brasileiros de todos os recantos estão assustados com tantos fatos negativos: corrupção desenfreada, políticos mal-intencionados mandando no país, clima de insegurança nas ruas, perda de qualidade nos serviços básicos da saúde e educação, culminando com as dificuldades para nossa economia deslanchar e quase 13 milhões de desempregados.

Além disso, expressivas lideranças políticas do país correm o risco de serem condenadas à prisão pelos seus malfeitos, sempre em busca de amealhar mais dinheiro público para seus bolsos, de seus familiares e amigos.

Ultrapassam 200 os deputados, senadores, ex e atuais ministros que estão a caminho de serem denunciados pelo Supremo Tribunal Federal por receberem propinas oriundas das roubalheiras milionárias ocorridas na Petrobras e em outros órgãos do governo. Até o presidente Michel Temer está sob o risco de afastamento da presidência. O Tribunal Superior Eleitoral está concluindo processo de cassação da chapa vitoriosa nas eleições de 2014, Dilma Rousseff-Michel Temer, que o PSDB acusa de ter sido abastecida durante a campanha eleitoral com recursos do esquema de corrupção, levando para o buraco a maior estatal do Brasil.

No Congresso Nacional, o clima é de guerra provocada pelas votações nas mudanças das regras da Previdência e legislação trabalhista. O cenário para os próximos meses será de convulsão total. Ninguém aceita perder benefícios e vantagens oferecidas pelo atual sistema de previdência e de assistência social. As regras do trabalho são da escada de 40.

A situação nos estados é cada dia mais grave. O caos instalado no Rio de Janeiro e no Espírito Santo é apenas a face mais exposta de uma crise sem precedentes, que se alastra pelo Brasil. Em 12 das 27 unidades da Federação existem problemas políticos e financeiros agravados pelo colapso na área de segurança pública e por rebeliões nos presídios. No Rio de Janeiro a bandalheira foi tanta que seu ex-governador Sérgio Cabral está preso na Penitenciária de Bangu, com ameaça de ali permanecer por muitos anos. O atual governador, Luís Fernando Pezão, acaba de ter seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, por envolvimento em maracutaias diversas.

Todo esse descalabro brasileiro resulta também do desastrado governo da então presidente Dilma Rousseff, que acabou sendo defenestrada do comando do país por decisão do Congresso Nacional. Além do governo federal, os estados e os municípios entraram numa trajetória de deterioração fiscal, atrasos salariais, redução de investimentos, falências dos serviços básicos de saúde e educação, culminando com a perversa crise do desemprego em massa.

O presidente Michel Temer não incluiu na reforma da Previdência os componentes das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros. Por isso, atualmente, o governo tem condições de socorrer a segurança nos estados, com o deslocamento de tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica. Essa estratégia está contribuindo para acalmar os ânimos em diversos estados. Isso acontece no momento em que os governantes perderam o controle do comando dos seus policiais militares e civis. Em vários locais eles estão nas ruas reivindicando salários, exclusão da reforma previdenciária e outros benefícios.

O país chegou a um ponto de inúmeras dificuldades, incertezas, mas, resta ainda uma esperança, ou seja, a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, e mais as decisões da operação Lava-Jato, que continuam punindo com prisão, vários políticos e empresários que se beneficiaram com as roubalheiras ocorridas em todo território nacional.

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