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Férias escolares

Criança deve ter liberdade, do tipo por o bloco na rua

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Carolina Paiva, Edição

O período das férias escolares é um dos momentos mais esperados pelas crianças, mas que requer atenção redobrada dos pais. O ambiente doméstico é visto pelos adultos como a opção mais segura para os pequenos, melhor que brincar na rua ou ir à locais públicos. Mas ficar dentro de casa também expõe a garotada a riscos. Acidentes domésticos como afogamentos, quedas, queimaduras e intoxicações são as principais causas de morte de crianças de até 9 anos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Para a pediatra Natasha Slhessarenko, a segurança das crianças deve ser prioridade para os pais ou responsáveis, que devem adequar a casa de acordo com a idade, desenvolvimento motor e cognitivo dos filhos. “Precisamos entender que até dentro da nossa própria casa as crianças correm riscos. Tomadas precisam ser tampadas, objetos cortantes e que machucam não podem estar de fácil alcance, ambientes como área da piscina, cozinha, despensa de materiais de limpeza não podem ser acessíveis pelas crianças”, adverte.

Na opinião da pediatra, passeios devem ser estimulados pelos pais, tudo sob supervisão atenta e devidos cuidados. “A família tem um peso muito importante para a formação não só do caráter, mas da sociabilidade e hábitos de vida. Os pais ou responsáveis precisam conviver com as crianças, sair de casa, fazer exercícios, se divertirem verdadeiramente, sem a interferência dos aparelhos tecnológicos. Dias no parque, piscina, mar, são ótimos, mas atenção às boias, elas não garantem 100% a segurança, afirma Natasha.

Vale lembrar, a propósito das férias, que a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam 2 horas apenas com atividades em tela e só após os 2 anos de idade. Natasha ressalta que a exposição das crianças durante longos períodos com telas luminosas, como computadores, televisões, celulares e tablets, podem gerar um processo de ansiedade e cansaço físico, por não deixar o corpo relaxar.

“O uso em excesso de aparelhos tecnológicos, além de desenvolver problemas de natureza visual, motivada pelo estímulo das telas, pode causar ansiedade, transtornos sociais, crises de frustração e incapacidade de sociabilizar. Os jogos de vídeo game, os conteúdos de entretenimento e a duração desse contato deve ser monitorado e fiscalizado”, explica.

Outro fator de risco associado ao uso desses aparelhos é o sedentarismo e a má alimentação. “A falta de esforços aliada a uma dieta calórica e de baixo valor funcional levam ao ganho de peso. Os pais precisam ficar atentos ao cardápio oferecido e a quantidade de alimentos ingeridos. A obesidade infantil é um problema sério e mundial, que precisa ser acompanhado e tratado. Crianças obesas precisam fazer exames regularmente e mudar os hábitos de vida”, conclui Natasha.

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