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Zoológico

Cruzar melancia e mamão dá pepino na cabeça

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Autor/Imagem:
Marlene Gomes

O filhotinho macho de anta, nascido no Jardim Zoológico de Brasília, já tem nome. Ele vai ser batizado de Pepino, uma escolha feita por 3.265 pessoas da comunidade que votaram na eleição realizada pelas redes sociais. Ao contrário do que pode sugerir o nome, Pepino não é problema – é solução. O bebezinho-anta é fundamental para ajudar a reverter a situação de ameaça de extinção da espécie. Pepino vai contribuir também na educação ambiental e conscientização de crianças e adolescentes que visitam o Zoo.

O novo morador do Zoo nasceu no dia 18 de janeiro. Ele é filho do Melão e da Melancia, duas antas que chegaram órfãs à Brasília e se reproduziram em cativeiro. “Esses indivíduos atingiram a maturidade e, com todos os cuidados que tivemos, conseguiram se reproduzir bem em uma tentativa recente”, comemora o biólogo Filipe Reis, diretor de Mamíferos do Zoo.

Os filhotes de anta nascem pintados, mas as manchas começam a desaparecer a partir dos quatro meses. Ao completar um ano de vida, o filhote já está com a cobertura padrão na cor cinza. As listas são uma estratégia de defesa, segundo Filipe Reis. “Essa é uma forma deles se camuflarem. Quando a mãe sai para se alimentar, o filhote fica no meio da vegetação e, assim, é mais difícil de ser visto por possíveis predadores”, afirma.

No item alimentação, Pepino está evoluindo muito bem. Por enquanto, ele ainda está consumindo somente o leite materno, mas brevemente vai passar a consumir folhagens. “A anta é um animal herbívoro, que se alimenta de folhas, raízes, galhos, sementes e, por isso, ela é considerada também uma dispersora de sementes”, atesta o diretor de Mamíferos do Zoo

A anta é o maior mamífero brasileiro. O animal é o maior responsável pela disseminação de sementes na floresta, sendo conhecido como o jardineiro da floresta.

A espécie é praticamente encontrada em todo o Brasil, sendo que em algumas regiões ela é considerada extinta. Na Mata Atlântica, a anta tem status de criticamente ameaçada, que é o nível mais grave antes da extinção. “Esse filhote vai poder contribuir para a conservação da espécie no zoológico”, atesta Filipe Reis.

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