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31 de agosto

Data para queda de Kiev entra no calendário das forças armadas russas

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Ian De Martino/Via Sputniknews - Foto Reprodução

O próximo dia 31 de agosto (quando termina oficialmente o verão europeu) pode ficar marcado no calendário como o fim da Ucrânia como Estado. A previsão é de Scot Ritter, ex-inspetor de armas da Organização das Nações Unidas. Ele se baseia no avanço constante das tropas russas sobre os contingentes ucranianos. A cada semana o regime de Kiev perde uma cidade na região do Donbass. E a Ucrânia, avalia o analista, aparentemente é incapaz de garantir uma linha defensiva. Esse também é o prazo do cronograma estabelecido pelo Ministério da Defesa russo no início deste ano.

A título de ilustração do quadro real: na sexta-feira, 10, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou a libertação de Novokalinovo na República Popular de Donetsk e Kiselevka e Kotlyarovka na região de Kharkov. Foram as três últimas fortalezas a cair.

“Neste momento, o modelo de guerra faz com que a Ucrânia perca cerca de 1 mil 500 soldados por dia. Este número está aumentando agora porque a Rússia expandiu as suas operações para a região de Kharkov. Portanto, você pode esperar que esse número chegue facilmente a 2.000 por dia”, revela Ritter, embora muita gente considere esses números superestimados.

Mas, segundo ele, o que os ucranianos tiveram de fazer foi reunir reservistas e transferir forças de outras frentes, incluindo as regiões de Kharkov e de Odessa. “São soldados para substituir tropas eliminadas ou desgastadas. E não há forças terrestres suficientes para entrarem no campo de batalha”, afirma Ritter.

O pior (para Kiev) está vindo pelos próximos dias, afirma. “Os russos lançarão um segundo grande ataque na área de Zaporozhye, e os ucranianos serão confrontados com um dilema clássico: se forem para norte, perdem, se forem para sul, perdem, se forem para o norte, perdem; ficar no meio, eles perdem. Portanto, não há boa opção para eles”.

Em síntese, explicou Ritter, “veremos então o colapso total do exército ucraniano” e a “rápida retirada para além do rio Dnepr” para estabelecer uma nova linha de defesa”, algo, porém, que ele acha que os ucranianos nção serão capazes de realizar. Portanto, prevê, “os generais ucranianos confrontados com o inevitável massacre da totalidade das suas forças pedirão a paz”.

“Eles (analistas ocidentais) dizem que a capacidade ucraniana de continuar a resistência coesa entrará em colapso neste verão – essa é a avaliação russa e eu concordo com ela”, disse Ritter, observando que as operações da Rússia não são conduzidas por “calendários” e já alocaram os recursos para continuar o conflito até 2027, se necessário.

A decisão sobre o que acontecerá com a Ucrânia agora depende exclusivamente da Rússia, argumentou Ritter, acentuando que eles tinham “termos muito favoráveis ​​sobre a mesa” em março e abril de 2022, mas não levaram em consideração.

“Ninguém tem uma palavra a dizer sobre isto, a não ser a Rússia, e a Rússia deixou isso muito claro… esta é uma derrota decisiva da Otan, da União Europeia e dos Estados Unidos. É o mais decisivo possível sem que eles estejam diretamente envolvidos e eles não podem se envolver diretamente porque isso é uma pílula suicida”, garante.

Ritter acrescentou que o pacote de ajuda militar recentemente sancionado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, teve “impacto zero” no campo de batalha. “O que vimos, por exemplo, foram os projéteis de artilharia de 155 milímetros, desesperadamente necessários, trazidos da Roménia num navio, descarregados em Odessa para um armazém e atingidos por dois mísseis Iskander. Buuummmm. E lá se foram alguns bilhões de dólares ali mesmo.”

Entretanto, ainda de acordo com Ritter, o maior problema para a Ucrânia continua sendo soldados, e não as munições. “Hoje eles não têm forças militares para desperdiçar e não há ninguém sendo treinado. Não há nada aqui. Então, todo mundo que morre apenas coloca a Ucrânia ainda mais fundo em um buraco… você poderia dar a melhor munição folheada a ouro do mundo, mas não importa se você não tem ninguém para usá-la.”

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