Mundial de Clubes
Decisão dramática nos pênaltis dá título ao PSG
Publicado
em
Depois de fazer muito barulho no Estádio Ahmad Bin Ali, em Al Rayyan, no Catar, nesta quarta, 17, a torcida do Flamengo mergulhou em um profundo silêncio.
É que a equipe da Gávea foi derrotada nos pênaltis pelo Paris Saint Germain, que garantiu, com isso, o título da Copa Intercontinental.
Os franceses saíram na frente, com o time brasileiro empatando no segundo tempo. O mesmo placar foi mantido na prorrogação, o que levou a decisão para a cobrança de penalidades máximas.
O PSG superior no primeiro tempo e controlou a partida até um erro decisivo de Marquinhos — o pênalti cometido sobre Arrascaeta — dar novo fôlego ao Flamengo na etapa final e equilibrar o confronto no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan.
Durante os 45 minutos iniciais, os franceses impuseram seu ritmo. Atacaram e defenderam de forma organizada, em perfeita sintonia, deixando claro que atuavam em rotação superior à do adversário brasileiro.
Sem transformar a superioridade em um massacre, o campeão europeu ainda assim controlou o jogo e liderou praticamente todas as estatísticas. Após ocupar o campo ofensivo e pressionar de maneira constante, abriu o placar a partir de uma falha de Rossi.
O goleiro argentino protagonizou os dois lances mais graves da partida. No primeiro, ao tentar evitar um escanteio, entregou a bola de presente aos franceses. Fabián Ruiz empurrou para o gol, mas o VAR anulou o lance ao confirmar que a bola havia saído.
Pouco depois, nem o árbitro nem a tecnologia puderam socorrê-lo. Um leve desvio de Rossi em passe de Doué deixou Kvaratskhelia em condição ideal para marcar. Sem o toque do goleiro, o atacante georgiano dificilmente alcançaria a bola.
Com dificuldades na transição ofensiva, o Flamengo ameaçou apenas em raros momentos. Pulgar teve duas tentativas: uma de cabeça e outra de fora da área, ambas sem grande perigo para o goleiro Safonov.
O cenário parecia controlado pelo PSG, que dava sinais de que conquistaria o título sem sobressaltos. No entanto, um erro de Marquinhos logo no início do segundo tempo recolocou o Flamengo na partida.
O gol trouxe confiança ao time brasileiro, que passou a encontrar espaços para contra-atacar. Plata, Pedro e Bruno Henrique tiveram chances claras de marcar nos minutos finais do tempo regulamentar.
Preocupado com a queda de rendimento, o técnico Luis Enrique lançou mão de Dembélé, eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa e pela revista France Football. Recuperado de uma forte gripe, o atacante entrou aos 33 minutos, mas teve atuação discreta.
O PSG pouco produziu até o apito final. Marquinhos, em noite infeliz, ainda teve a chance de garantir o título no último lance do tempo normal. Contudo, ao tentar empurrar a bola para o gol, acabou afastando-a, em um gesto pouco habitual para um zagueiro.
Na prorrogação, os franceses encurralaram o Flamengo, sobretudo nos minutos finais. Chegaram com facilidade ao ataque, mas exageraram no preciosismo. Faltou objetividade na conclusão das jogadas: em vez de finalizar, optaram por trocas excessivas de passes dentro e nas imediações da área. Ainda assim, contaram com Safonov em noite inspirada para sustentar o resultado.
