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Sob prisma da arte

Decoração e design ganham espaço de Classe A em Miami

Publicado

Autor/Imagem:
Marcelo Lima

Há mais de duas décadas, uma legião de galeristas e colecionadores de arte brasileiros voam até a Flórida para conferir o braço americano de uma das principais feiras de arte internacionais, a Art Basel. A esse contingente, desde 2005, vieram se juntar aficionados por design e, este ano também os interessados em decoração. O mundo da criação se encontra em Miami na primeira semana de dezembro.

Sofás até então nunca imaginados, luminárias que respondem à aproximação de seus usuários, obras de arte disfarçadas de utilitários domésticos. Afinada com o espírito da Basel, feira que lhe deu origem, a Design Miami chega a sua 13ª edição, consolidada como a principal feira de design de autor das Américas, veiculando de móveis ícones do modernismo a peças únicas, ou produzidas em pequenas séries, por grandes nomes do design atual.

Dedicada a colecionadores, mas também a quem está interessado apenas em conhecer os rumos da criação na área, este ano, a mostra apresentou um número recorde de 32 galerias. Incluindo a brasileira Memo, Mercado Moderno, que levou a Miami uma seleção de móveis que incluía de originais dos Irmãos Campana a atualidades de Leo Capote.

Com a curadoria de Jessica Acosta-Rubio, primeira edição norte-americana de Casacor – além do Brasil, o evento está presente em quatro países latinos – fica em cartaz até amanhã, 18, no Brickell City Centre: um complexo no centro do distrito financeiro de Miami, com mais de 46 mil m², ocupada por instalações comerciais e de entretenimento, além de duas torres residenciais, uma delas hospedando os 20 ambientes da mostra.

A escolha da cidade não se deu por acaso: célebre por sua atmosfera multicultural e ponto de destino frequente de brasileiros – muitos dos quais, inclusive, proprietários de imóveis próprios por lá – a metrópole do sul da Flórida vem se convertendo nas últimas décadas em posto avançado de trabalho para muitos dos nossos profissionais. Daí o desejo de fazer de seus trabalhos na mostra uma espécie de cartão de visitas em três dimensões.

“A leitura que os designers brasileiros e os estrangeiros fazem dos ambientes é bastante diversa, mas penso que isso é muito positivo. Tanto para eles, que podem confrontar abordagens, quanto para os visitantes que têm acesso a múltiplos enfoques”, afirma Lívia Pedreira, diretora superintendente de Casacor.

Diversidades à parte, fato é que a atmosfera de festival de arte a céu aberto que toma conta da cidade nesta época do ano não passou despercebida ao olhar dos participantes. Brasileiros ou não, em suas mais variadas formas, a arte se faz presente em literalmente todos os ambientes apresentados, o que acabou por conferir à mostra um raro colorido experimental.

De um lado, profissionais que, a exemplo dos brasileiros, fazem uma leitura mais literal dos espaços, priorizando questões de estilo e conforto. De outro, os adeptos de uma visão mais cenográfica, que coloca em destaque as qualidades físicas dos espaços, tais como volume, cor e luminosidade. “De certa maneira as duas visões se complementam. Tudo é uma questão de assumir escolhas”, pondera Livia.

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