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Descaso com o ensino fez Buarque recusar o convite de RR para ingressar no PSB

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Kimberlly Oliveira

Agora já se sabe um dos motivos que levaram o senador Cristovam Buarque a recusar, quando ainda estava atritado com o PDT, o convite de Rodrigo Rollemberg para ingressar no PSB. No fundo, havia o temor, por parte do novo senador do PPS, das frágeis intenções do governador de Brasília com a área da educação.

Esse inconformismo ficou evidenciado em declarações de Cristovam Buarque a Notibras, nesta sexta, 19: “É triste ver o retrocesso que governadores estão promovendo na educação. Em Brasília, Rollemberg está paralisando o horário integral em algumas escolas”, desabafou o senador, que não deixou de criticar os baixos valores destinados pelo Palácio do Buriti este ano para alunos beneficiados com o programa Cartão Material Escolar.

O cartão é destinado a famílias cadastradas no Bolsa Família e com crianças em idade escolar. Esta semana, Rollemberg anunciou normas, diretrizes e competências para o uso do benefício em portaria publicada no Diário Oficial do Distrito Federal.

O quadro da educação em Brasília – bandeira que Cristovam levanta em sua constante luta em defesa do ensino – é de penúria. Não bastasse o fato de em 2015 cerca de 120 mil famílias terem ficado sem o recurso, que em 2014 era fixado em R$ 226,00 para todas as séries, valor equivalente a um terço do salário mínimo no ano anterior, para este ano o dinheiro soma apenas 80 reais.

O governo, porém, garante que esse valor é suficiente para a compra dos materiais escolares básicos “indispensáveis”. Com a mudança o GDF espera reduzir o custo do Cartão Material Escolar de R$ 35 milhões para R$ 12 milhões.

Apertando dá – Em momentos de crise, com aumento de impostos que impactam diretamente no bolso do consumidor, o GDF consegue um feito impressionante. Depois de uma pesquisa de preços para definir o valor do Cartão Material Escolar, o secretário de Educação Júlio Gregório conseguiu reduzir consideravelmente o valor da lista de material em mais de 200%. “Fizemos o levantamento dos instrumentos básicos de que um aluno precisa para o ano letivo, como cadernos, lápis, canetas e borrachas”, justificou.

O deputado distrital Reginaldo Veras (PDT), que é professor e defende a bandeira da educação, entende que esses 80 reais podem não ser o ideal, “mas o recurso complementa o orçamento das famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família e garante ao aluno os elementos mínimos para que ele comece o ano letivo. A conjuntura atual do Brasil não é favorável e, por isso, é preciso uma conscientização por parte de todos os cidadãos brasileiros quanto a gastos”, sublinhou.

O cartão será fornecido pelo Banco de Brasília e terá a função de débito. Com datas e locais de entrega ainda a serem definidos, somente os pais ou responsáveis legais pelos estudantes poderão fazer sua retirada. Cada família terá acesso a 1 cartão com valor do benefício respectivo por cada filho.

A identificação dos alunos que serão beneficiados ainda será feita. Para isso, a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos colocará à disposição da pasta da Educação os dados cadastrais dos beneficiários do Bolsa Família.

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