Dilúvio sobre Brasília promete matar sementes de pteridófitas

As ‘Páginas Viradas‘ do saudoso José Escarlate voltaram a dar as caras na redação de Notibras. Desta vez – parece-nos que cutucando alguns dos nossos críticos – a mensagem veio psicografada. Algo que transporta a Nostradamus. Porém, embora enigmática, de fácil interpretação por observadores do cenário político brasiliense.

O Século é o XXI. A segunda semana do mês em que Baco homenageia Momo será marcada por raios, trovoadas e tempestades. O fato de o Inpe e o Climatempo pensarem da mesma forma, é mera coincidência. Em comum, a certeza de que um dilúvio cairá sobre a cidade que deveria jorrar leite e mel para todos.

Mas, como a profecia falhou, beneficiando apenas um seleto grupo, a arca da salvação estará fechada para diferentes raças, em particular àquelas que confundem o Cerrado com savanas africanas. Nesse caso, se sobreviverem, ficarão atrás das grades, como num pequeno zoológico, ou no picadeiro de um circo, açoitadas pelo chicote da lei.

O auge da tempestade será na quinta-feira, 9, seguindo-se um curto período de calmaria, com respingos esparsos em algumas regiões. Como previsto em qualquer velho testamento, calçadas feitas de areia e parquinhos nas cores das pteridófitas serão varridos pela enxurrada.

Sem flores ou sementes para se perpetuarem, essas ervas daninhas terão sua extinção decretada. De nada adiantará recorrer a Jacó, porque o calcanhar do personagem de Homero será alvo fácil. A filha que se diz do Céu perderá sua tranquilidade.

O tempo devoniano onde se ruge como dinossauros, conclui a mensagem de Escarlate, está chegando ao fim. O número cabalístico é 20180255047. Para quem gosta de apostar e acha que rasura não tem emenda, é uma boa dica.