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Direita bate na trave e perde a eleição na Áustria por 0,7%

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Com 50,3% dos votos, o ecologista Alexander Van der Bellen, ex-presidente do partido Verde que se lançou como independente, venceu as eleições presidenciais da Áustria nesta segunda-feira (23/05). Seu concorrente, o ultranacionalista Norbert Hofer, recebeu 49,7% dos votos — o equivalente a 31 mil votos a menos.

“Muitas pessoas neste país não se sentem suficientemente representadas, não sentem que são ouvidas. Meu objetivo é ser um parceiro construtivo do governo federal e do Parlamento, para que em seis anos o povo da Áustria se sinta melhor e possa dizer, ‘meus filhos terão um bom futuro’ e ‘eu posso olhar para o futuro com esperança’”, disse Van der Bellen em discurso após sua vitória.

Hofer, por sua vez, comentou a derrota em sua conta no Facebook. “É claro que estou triste, mas, por favor, não percam a fé. Os esforços destas eleições não foram um desperdício, mas um investimento para o futuro”, argumentou. Caso Hofer tivesse vencido, ele teria se tornado o primeiro chefe de Estado da extrema-direita populista da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

O resultado apertado do segundo turno reforçou a divisão entre a população austríaca e sua insatisfação para com os governos de centro que vêm ocupando os principais cargos políticos do país nos últimos 30 anos. Tanto o candidato do partido de centro-esquerda, o Social Democrata — ao qual pertence o presidente Heinz Fischer —; quanto o de centro-direita, do partido do Povo, foram eliminados logo no primeiro turno do pleito.

Para o escritor austro-israelense Doron Rabinovici, que apoiou a candidatura de Van der Bellen, “um resultado de 50% contra 50% não é em si próprio uma divisão, é a democracia”. “Nós temos sim um problema neste país: a política vem sendo conduzida a nível de imprensa de tabloide em vez de discutida de maneira substancial”, disse ele ao jornal norte-americano New York Times.

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