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Vácuo de poder

Distritais fertilizam futuro com erros de Rodrigo Rollemberg

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Kleber Ferriche

O número de eleitores que compareceram às urnas no Distrito Federal em 2014 foi de mais de 1,6 milhão. A Câmara Legislativa é composta por 24 deputados, dos quais apenas seis tiveram mais de 20 mil votos. Dos seis mais votados, o atual presidente daquela casa, Joe Valle, foi o sexto com 20.352 simpatizantes.

Ele é hoje o presidente do Legislativo, muito mais representante do que a antiga presidente, Celina Leão, eleita com apenas 12.670 votos. Depois de eleitos, os deputados e os eleitores não dão importância aos números.

É curioso o nosso sistema de poder. Joe Valle foi conduzido à direção de um dos poderes que definem a vida dos mortais, referendado por apenas 0,012% da população. Não é dele a culpa, claro.

Indiferente aos números e atento aos processos legislativos, Joe acaba de enfrentar um desafio. Rollemberg quer torrar 53 milhões de reais para comprar um Uber, ops, um aplicativo que vai integrar a falta de recursos das secretarias. Por 5 mil reais, até a modesta redação deste portal pode oferecer uma solução similar.

Quem gritou foi Raimundo Ribeiro, deputado fora do Top Six, mas experiente e combativo representante dos 1,6 milhão de eleitores, que não engoliu o desaforo, enquanto a saúde do DF permanece na UTI.

A estupidez reinante precisa ser contida, segundo Joe, que quer implantar uma nova gestão e conduzir a Câmara Legislativa a um patamar conceitual. Para isso, será necessário revitalizar a comunicação, apodrecida e remota de um tempo de Roriz e Arruda, que hoje não funciona mais.

“Aquele foi outro tempo, eram duas lideranças que não precisavam dispor de uma comunicação inteligente e elaborada. Roriz e Arruda eram a própria comunicação. O mesmo modelo ainda é hoje utilizado até por Rollemberg, um desastre.”

Com essa visão equilibrada e atualizada, o sexto parlamentar distrital mais votado não nega que está de olho no Buriti. Mas nega apoio ao pagamento milionário de um software que não promete solução ao caos na segurança, saúde e educação. Mas pretende adubar muito bem seu quintal para colher uma safra orgânica no próximo pleito. Quem regar verá.

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