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Endometriose

Doença que atinge 10% das mulheres pode causar infertilidade

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Divulgação

Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada dez mulheres no Brasil sofre com os sintomas da endometriose – alteração inflamatória no funcionamento normal do organismo provocada por células do endométrio, que é a camada interna do útero. E 15% dos casos de infertilidade feminina são causados pela doença que pode ser silenciosa e, muitas vezes, confundida com cólica menstrual.

Segundo a ginecologista Fabyanne Mazutti da Silva Borges, do Hospital Regional do Gama, devem ficar alertas as mulheres que apresentam cólica antes, durante ou fora do período da menstruação, dor durante ou após relação sexual, dor para evacuar ou urinar no período menstrual.

Na rede pública de saúde, o atendimento inicial se dá pelo médico da família na unidade básica de saúde (UBS). Quando necessário, mulheres com suspeita de endometriose podem ser encaminhadas para avaliação especializada nos ambulatórios dos hospitais regionais e policlínicas.

Após esse procedimento, explica a médica, casos que necessitam de tratamento cirúrgico podem ser encaminhados ao Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). “Essas pacientes contam ainda com acompanhamento multidisciplinar de psicologia e de fisioterapia”, informa Fabyanne, que é também referência técnica colaboradora da ginecologia da Secretaria de Saúde (SES).

Tratamento
O tratamento da endometriose pode incluir o uso de medicamentos, a execução de cirurgias ou a combinação de ambos. Os principais objetivos são o alívio da dor, a melhora da qualidade de vida e, para as mulheres que desejam ter filhos, a possibilidade de engravidar sem problemas. A prática de atividade física e a adoção de uma dieta saudável também auxiliam no controle dos sintomas.

A ginecologista da SES lembra que nem toda paciente com endometriose, porém, precisa de tratamento cirúrgico – que, segundo a ginecologista da SES, deve ser individualizado. “É importante ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, que necessita de cuidado contínuo, e que a recidiva [retorno] pode ocorrer quando interrompido o tratamento”, ressalta.

A farmacêutica Luciana da Silva Oliveira foi diagnosticada com endometriose aos 12 anos, em sua primeira consulta ginecológica. “Tive muitas cólicas e muitas dores durante toda a vida, fora a frustração e o medo de nunca ser mãe”, conta. “Foram 15 anos de tratamento e duas cirurgias para a retirada de cistos, para, enfim, conseguir a maternidade”. Mãe de Isabela, uma menina que hoje tem 9 anos, Luciana comemora ter sido possível vencer a doença.

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