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Agro é carro-chefe

Economia do DF cresce pela sexta vez consecutiva

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Dora Andrade, Edição - Foto Reprodução

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou o Boletim de Conjuntura do Distrito Federal referente ao terceiro trimestre deste ano, que analisa a atividade econômica, a situação inflacionária e o mercado de trabalho brasiliense. Além disso, foi apresentada a proposta de metodologia para o desenvolvimento do Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB-DF) trimestral, com os procedimentos dos cálculos e os métodos de tratamento dos dados.

A economia da capital federal avançou 4,2% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo trimestre de 2021, segundo dados do PIB-DF. O resultado é o sexto aumento consecutivo e o melhor para um terceiro trimestre desde o início da série histórica. Pelo quarto período consecutivo, o percentual registrado no trimestre é superior ao nacional (3,6%) em termos de produção. No acumulado anual, o crescimento da economia distrital foi o maior da série histórica (4,3%), enquanto o país registrou alta de 3%.

O desempenho econômico do Distrito Federal no terceiro trimestre de 2022 é resultado da contribuição positiva de todos os grandes setores produtivos, especialmente a agropecuária (28%). A indústria (9,2%) e os serviços (3,7%) também apresentaram alta. No acumulado entre outubro de 2021 e setembro de 2022, a indústria (10,5%) se destacou entre os setores, seguida pela agropecuária (7,7%) e serviços (3,8%).

O setor de Serviços representa a quase totalidade da economia distrital (95,7%). O resultado positivo no terceiro trimestre de 2022 reflete o crescimento em todos os segmentos do setor, com destaque para informação e comunicação (37,6%), artes e cultura (19,9%) e transportes (13,7%). Na indústria, os segmentos que se destacaram são indústrias extrativas (11,5%) e construção (15,6%). Este último merece destaque por ser intensivo em mão de obra, refletindo positivamente sobre o mercado de trabalho local.

Em relação ao desempenho dos segmentos no acumulado anual, destaca-se o crescimento observado em informação e comunicação (31,2%), serviços domésticos (24%) e transportes (14,3%), nos serviços; e da construção (17,7%), que apresentou a maior alta no período e é a atividade de maior peso na indústria. Por outro lado, os segmentos de comércio (-0,2%) e atividades imobiliárias (-1,3%), nos serviços, registraram variações negativas. Nas atividades industriais, não houve retração acumulada em nenhum dos segmentos.

PIB-DF trimestral
O desenvolvimento do Produto Interno Bruto trimestral do Distrito Federal visa preencher uma lacuna estatística, apresentando um panorama da atividade econômica recente que permita analisar seu comportamento no curto prazo e subsidiar a formulação de políticas econômicas. A criação de um indicador trimestral do PIB-DF, compatível com o Sistema de Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possibilitará melhor comparação da economia local com a nacional e, porventura, de outras unidades federativas.

Atualmente, o instituto divulga trimestralmente o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF), que busca cobrir a defasagem temporal de dois anos do PIB anual da capital federal oferecendo uma estimativa de curto prazo por meio de indicadores de volume. Porém, o Idecon-DF se diferencia de outras metodologias de PIB trimestral devido à limitação das fontes de dados, à incompatibilidade com o PIB anual do DF, à exclusão dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios do seu cálculo e à estimação apenas em volume sem ajuste sazonal.

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