Desperta coração
‘Ela te espera no mesmo compasso eterno, com teu poema de carne e luz’
Publicado
em
Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino
Adormecido em teu relicário de silêncio,
ó coração de cristal trincado,
tu pulsas ecos antigos em cada batida,
como um relógio esquecido nas areias do tempo.
Sob o véu diáfano da madrugada,
os suspiros dos amantes viram brisa,
tocando tua moldura cansada
como dedos de seda em um vitral ferido.
As estrelas lágrimas que não caíram
cintilam no espelho do céu,
te sussurrando que a solidão
é só uma estação na viagem do amor.
Ergue-te, coração, da tumba das mágoas.
A aurora te beija com lábios de esperança,
e no jardim onde as promessas florescem,
ela virá como o sol rompendo o orvalho.
Ela teu poema de carne e luz
te espera no mesmo compasso eterno
para dançarem juntos a valsa do infinito,
onde o amor não termina, apenas se transforma.
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