Vivat democratia
Eleitor unido pode evitar novos estragos pós 2026
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Se o Viagra de 40 mg não está mais fazendo o efeito desejado, tente uma mulher inflável de alta combustão, aquela com medida superior a 1,90 m e seios tão fartos como os minerais ativos das tetas de Dona Redonda. Se ainda assim se sentir incomodado, lembre-se de que qualquer brochada é melhor do que topar um cuspe à distância com Elon Musk, sob a arbitragem de Volodymyr Zelensky e supervisão de Donald Trump e Xi Jinping. Pior do que isso, só assistir a um dueto de Roberto Carlos e Zezé de Camargo no cabaré marítimo comandado pelos sertanejos Leonardo e Eduardo Costa.
Soube por fonte fidedigna que os velhinhos do Scorpions e do Creedence estão mandando muito melhor. Há coisas piores. Por exemplo, dançar uma valsa com Vladimir Putin, jogar dominó apostado com Luiz Inácio Lula da Silva, ficar enclausurado com Jair Bolsonaro no quarto branco do Big Brother e dormir com ceroula sem zíper no mesmo quarto do Kid Bengala. Se você concordar com pelo menos uma das alternativas acima, ainda lhe restará um tête-à-tête com Thammy Miranda, seguido de acoplamento consentido por Gretchen, genitora do cabra que já foi cabrita.
Se a opção for torcer eternamente pelo salto mortal triplo carpado de Lula como presidente da República, sugiro aguardar até 2026, quando o Brasil e o mundo saberão se dará certo o salto revirado twist hermenêutico carpado de Jair Messias. Tudo dependerá do salto com vara de Xandão. Se a vara não tiver a flexibilidade esperada pelos “patriotas”, dificilmente o sarrafo será alcançado. Nesse caso, é grande o risco de os condenados serem levados para o mesmo quarto escuro onde jaz Tião Macalé, Madame Satã e Agnaldo Timóteo.
Há outras opções, entre elas desposar Marina Silva em plena selva amazônica, pegar sem machucar os ovos caipiras do Javier Milei, engravidar de Neymar Junior sem comunhão de bens e sonhar com a Viúva Porcina e acordar ao lado da Mulher Barbada. Considerando que a escala do caos é infinita, não se iluda com a máxima do deputado Tiririca, pois tudo que está ruim pode piorar. Cês vão ver em 2026 sem Lula no Planalto, sem Bolsonaro para encher o saco de Xandão e sem a Pabllo Vittar com seu canto esganiçado para empurrar o Pablo Marçal para o quinto dos infernos.
O que irá acontecer nos próximos capítulos da política brasileira? É Tarcísio Caiado, Ronaldo Ratinho, Muzema Freitas ou Janja Michelle? E se der Lula de novo? Aí os caras serão obrigados a ligar no Plim Plim para assistir às cenas picantes de Tonho da Lua com a tribufu Perpétua, irmã mais velha de Tieta do Agreste. Nesse caso, somente eles poderão responder se, finalmente, Odete Roitman mata José Inocêncio, vira concubina de Sinhozinho Malta, mantém encontros furtivos com Odorico Paraguaçu e se une a Zeca Diabo para eleger Dirceu Borboleta ainda no primeiro turno. Alguém tem dúvida de que estamos caminhando para o retorno do Brasil à fase do panis et circenses (pão e circo)?
Ut sementem feceris, ita metes, isto é, cada povo colhe conforme semeia. Portanto, como dies posterior prioris est discipulus (o tempo é o senhor da razão), continuemos navigandum es pro ventorum flatibus (navegando ao sabor do vento) e torcendo para que, em 2026, consigamos minima de malis (dos males o menor). Cui bono (a quem interessa) afolozar Lula e botar boneco em Bolsonaro. Lembrando que porcus dentes perdit, sed non uentrem (o porco perde os dentes, mas não perde a barriga) ou nos unimos para evitar o pior e deixarmos de ser vox nihili (a voz de nada) ou acabamos vítimas da maldição do presbítero Waldemiro Capixaba, para quem anus etilicus dominium num habet (o de bêbado não tem dono). O bêbado somos nós. Por enquanto, nos resta auribus teneo lupum (segurar o lobo pelas orelhas) e torcer para que continuemos gritando vivat democratia (viva a democracia). Enfim, que Deus nos dê vida e nos salve dos políticos ruins em 2026.
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*Wenceslau Araújo é Editor-Chefe de Notibras