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Doutor Ulysses, 100 anos

Em política, osso é coisa prá cachorros

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José Seabra

O Brasil tinha por obrigação fazer uma grande festa nesta quinta, 6, que anoiteceu friorenta em Brasília. Afinal, não é todo país que pode se gabar de ter na sua história alguém a que todos chamavam por Doutor Ulysses. Ulysses Guimarães, na identidade, que estaria completando 100 anos. Pai da política dos três H’s – honesta, honrada e honrosa. Pai da Constituinte Cidadã.

De bom, Doutor Ulysses foi de tudo muito. Repórter novo, nos velhos tempos da sucursal Brasília da Folha de S.Paulo, me recordo de longas conversas com ele em memoráveis almoços no Piantella, onde não faltava sua segunda melhor amiga (a primeiríssima, Dona Mora), a aguardente Poire, à base de pera.

Gostava de repórteres. Sorria, mas também esbravejava. De Doutor Ulysses, ouvi uma frase que uso até hoje como Norte para o jornalismo que pratico. “Neste mundo cão, quem não participa da cachorrada, fica sem os ossos”, disse-me Doutor Ulysses. E garantiu que, por essas e outras, preferia uma carne tenra. Doutor Ulysses estava certo. Osso é para cachorro.

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