EMPATIA NEM SEMPRE É UMA COISA BOA…

Uma das coisas que ajudam o relacionamento das pessoas, quando em grupos sociais, é sem dúvida a empatia. Sim… você precisa entender seu semelhante, precisa sentir suas necessidades, para que possa não só auxiliá-lo, mas ajudar-se também. Isso porque a necessidade não é só dele, é sua também. Por quê? Ora, é simples… nós somos parte de um grande organismo chamados “humanidade” e a forma que cada célula deste corpo interage com seus semelhantes influencia no todo. Mas, como assim? Bem, quando eu deixo de pensar no meu próximo e procuro cuidar de minhas necessidades em primeiro lugar, estarei agindo contra o grupo todo, e não apenas contra aquele indivíduo. Por quê? Simples… as necessidades de um são as necessidades de todos.

Nos dias de hoje, por mais que falemos que nos preocupamos com o bem-estar de todos, costumamos olhar para nossos próprios umbigos. Falamos muito em ter empatia, porém o velho ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro” continua em vigor. E isso em todos os sentidos. Em todos os lugares.

Quando eu coloco minhas prioridades acima do bem comum, não estou pensando em meu próximo. A pessoa mais importante nesse momento sou eu. Bem, assim é que deve ser, não é mesmo? Afinal é uma questão de autopreservação. Mas viver em sociedade requer sacrifícios. Que nem todos tem a intenção de fazer.

O problema de se anular em nome do grupo é que a célula em questão não tem nenhuma vantagem. Ela apenas se anula para o bem comum. Mas bem comum de quem? Dela é que não é…

Alguns elementos do grupo sempre conseguem convencer aqueles que estão em nível mais baixo do grupo a se sacrificarem. Em seu intento. Em nome da… empatia… convencem aquela célula que para eles não tem valor e permanecem em seu status quo, como se nada tivesse acontecido. Afinal, o indivíduo em questão se imolou por sua própria vontade, ninguém o obrigou a nada…

É, “empatia” é um caso sério… é algo que deve ser pensado muito seriamente…