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Geladeira solidária garante comida para moradores de rua

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Um empresário de Goiânia teve uma ideia simples e que está ajudando muitas pessoas necessitadas na cidade. O projeto, chamado de “Geladeira Solidária”, mantém um refrigerador na Rua 7, no centro da capital de Goiás, e conserva os alimentos doados.

A ideia foi de Fernando Barcelos, que certo dia estava voltando do trabalho e encontrou uma moradora de rua com um recém-nascido. A cena o sensibilizou. “Estava saindo do trabalho e vi uma mulher com um recém-nascido pedindo comida. Eu dei durante três dias. Em casa, vi na internet que tinham feito isso [colocado geladeiras nas ruas] na Holanda e na Arábia Saudita e resolvi fazer aqui também. Espero que seja a primeira de muitas, que outras pessoas vejam e façam o mesmo em outros lugares”, contou.

Assim como regiões centrais de outras áreas urbanas, o local é conhecido por abrigar muitos moradores de ruas; alguns usuários de drogas pesadas, como o crack. Mas, de acordo com Barcelos, a ideia está dando certo e a movimentação na Rua 7 tem sido grande.

O empresário frisou que a finalidade é lembrar as pessoas do quanto é desperdiçado diariamente, enquanto muitos não têm o que comer. “Nós jogamos fora quase um terço do que consumimos em um ano. Isso é muita coisa. Se tivermos noção de que outras pessoas que não têm nada precisam de alimento, talvez o desperdício seja menor”, disse.

“É uma ideia inovadora, melhor que dar dinheiro. Já me ajudou quando eu estava com fome. Comi uma pizza aí esses dias, estava muito boa”, completou o morador de rua Washington Gomes, de 43 anos, que também revelou à reportagem que os albergues e abrigos de Goiânia já estão todos lotados. “As pessoas ficam com receio, não ajudam muito.”

Para controlar a qualidade dos alimentos, algumas regras foram adotadas: as embalagens precisam estar fechadas, dentro do prazo de validade e com data de fabricação, e não é permitido colocar bebidas alcoólicas, ovos ou carne crua no refrigerador.

Até donos de restaurantes da região estão ajudando a “Geladeira Solidária”. Agora, Fernando Barcelos espera que as pessoas tenham a mesma compaixão que ele e, além de contribuirem para a causa, façam o possível para que ela continue lá, na Rua 7.

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