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‘Encino’ de Agnelo deixa alunos da rede pública sem material escolar

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A confecção de camisetas para os alunos da rede pública do Distrito Federal, com ensino grafado com ‘c’, não foi a única catástrofe do governo Agnelo Queiroz neste semestre letivo que se encerra. O pior que estava para acontecer aconteceu: faltam livros didáticos nas escolas.

A Secretaria de Educação coloca a culpa no Ministério da Educação, que retruca: a irresponsabilidade da equipe do governo é tamanha, que só mandou a lista do material necessários dois meses após o início das aulas. Do jeito que as coisas andam, há quem suspeite da veracidade das palavras de Agnelo Queiroz, de que Brasília está livre do analfabetismo.

Denúncias da falta de material escolar pipocam a cada instante. A redação de Notibras recebe as queixas diariamente, seja por emails de pais e dos próprios alunos, seja por telefonemas. O assunto também chegou ao conhecimento do G1, que ouviu reclamações de estudantes, pais e professores.

Gabrieli de Moraes, de 13 anos, aluno do 8° ano do Centro de Ensino Fundamental 9 (CEF), em Taguatinga Sul, diz que não recebeu nenhum dos sete livros didáticos. “Está bem difícil porque não tem como estudar bem em casa. Você copia tudo no caderno, não é muito bom. A gente atrasa um pouco a matéria…”. A direção do Centro de Ensino Fundamental 9 afirma que a escola ganhou duas turmas extras este ano e não tem livros para todos.

Tatiane Cruz Souza, mãe de aluna, avalia que sem os livros, o aprendizado fica prejudicado. “Para que possa aprender e adquirir o conhecimento, para que possa disputar na frente o Prouni o Enem, não consegue adquirir isso sem o livro”.

O professor de geografia do CEF 206 no Recanto das Emas, Tadeu Fernandes, explica como faz para driblar a falta dos livros. “A gente tem passado atividade no quadro e alguns textos. Os alunos têm que fazer o trabalho na sala de aula porque não tem livro em casa”. O centro de ensino onde trabalha o professor tem 15 turmas, do 6° ao 9° ano.

Segundo professores, o problema no CEF 206 ocorreu porque os livros foram solicitados ano passado com base na estimativa do número de alunos que iriam estudar este ano. No entanto, foram criadas novas turmas e a remessa de livros extras não chegou.

O professor de ciências, João Batista de Resende, reclama da demora no processo. “A gente sabe dos tramites legais que tem ali, os processos licitatórios, a gente entende esse processo que é realmente demorado. Mas, já está se estendendo por demais e os alunos estão ficando prejudicados com essa falta do livro didático”.

Da Redação com o G1

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