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Engenheiro alerta para pontos de inundação em todo Distrito Federal

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Um estudo feito por um engenheiro da Universidade de Brasília mostra que o Distrito Federal tem 385 pontos de inundação. A inspiração de Pedro Henrique Lopes Batista para a tese de mestrado foi ver que o problema fica cada vez mais comum: temporais alagam tesourinhas, transformam ruas em “rios” e deixam o trânsito complicado.

Para fazer a pesquisa, ele analisou reportagens veiculadas entre 1999 e 2013. Entre as regiões que mais apresentam problemas está a Asa Norte. Basta chover mais forte que um lago se forma, carros filham ilhados e a água invade estabelecimentos.

“Alguns [transtornos] são simplesmente pelo fato de [a via] estar muito impermeabilizada, a região e o sistema de escoamento de drenagem pluvial não estarem funcionando bem”, explica o engenheiro. “Não é à toa que vem ocorrendo esses alagamentos nos mesmos locais. A gente não tem tomado medidas adequadas em relação a esse problemas, são as mesmas medidas e, com as mesmas medidas que vêm falhando, vão acontecer os mesmos problemas.”

Na última semana, a chuva inundou o Eixinho e as tesourinhas no Plano Piloto. O caminho para o Estádio Nacional Mané Garrincha, na Asa Norte, parecia um córrego. Uma oficina mecânica da 708 Norte teve o subsolo tomado pela água.

“A chuva veio de repente, foi em questão de 5 minutos. A enxurrada veio com muita velocidade e não deu tempo de fazer nada”, explicou o dono, Lairton Miranda.

Outra região que apresenta problemas, Vicente Pires fica intransitável durante os temporais. A marginal da EPTG, ao lado do viaduto Israel Pinheiro, chega a sumir debaixo de tanta água.

“Vira uma piscina aqui. Fica bem complicado fazer qualquer coisa nessa via”, disse o auxiliar administrativo Tiago Guedes.

Ceilândia também se destaca no estudo. Um dos pontos apontados foi o viaduto da QNN 5/7, onde duas pessoas morreram afogadas. Em janeiro, a água invadiu o carro de um jovem de 20 anos, e ele não conseguiu sair. Em outubro do ano passado, um ônibus escolar quebrou no local e uma das crianças, de 6 anos, se afogou.

Taguatinga também é bastante afetada. As ruas da QNL estão entre as mais atingidas. “Às vezes eu evito de passar por aqui e faço o retorno pra subir por lá, porque fica melhor”, afirma Alexandre Gouveia.

De acordo com Batista, entre as soluções para essas regiões está uma boa manutenção do sistema convencional de drenagem pluvial e limpeza de bocas de lobo constantemente, antes do período chuvoso. “E também a adoção de sistemas que não são tão convencionais de construção para poder escoar essas águas pluvias, como por exemplo valas de drenagem, colchões drenantes , obras de infiltração de águas”, declarou.

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