Carinhos e traquinagens
(…) então vestiu-se de menino que queria brincar e foi assim até aos 90
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1.
Naquela noite as sete vidas cruzaram e ninguém foi feliz jamais.
Trovaram as coisas da vida e tentaram reescrever outras histórias.
Foram voando pela vida afora e e chegaram no breu do limite.
“E agora, o que fazer?”
2.
Depois da dúvida, eles buscaram razão para seguir.
Nada.
E nada.
E nada.
Nenhum breu que sairia dos olhos deles e ficaram assim meio cegos e trouxos.
Mas, um santo interno lhes deu uma luz.
3.
Olharam pro lado e viram uma criança.
A criança bagunçando tudo e quebrando as flores da varanda da casa.
O cara gritou:
“Nãooooo…não faz isso, moleque!”
Nada.
O carinha quebrou tudo.
O cara não entendeu a loucura/liberdade do menino.
Não entendeu nada.
4.
Anos depois, o cara lembrou-se daquela passagem e percebeu:
“Eu fui um imbecil. Como não saquei que o menino apenas queria brincar.”
Pois então, seguiu tentando brincar.
Lavou o menino para sempre com ele e chegou aos 90 brincando, brincando.
